Foi preso nessa manhã de quinta-feira (21) o ex-presidente Michel Temer, pela Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Os agentes ainda estão tentando cumprir o mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
A Polícia Federal (PF) estaria rastreando e buscando localizar o ex-presidente Michel Temer, sem obter sucesso algum. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou, mas foi cumprido o mandato.
Michel Temer do PMDB foi o 37º presidente da República do Brasil. Temer assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, devido o impeachment de Dilma Rousseff e ficou em exercício da função até o final do mandato, encerrado em dezembro do ano passado. Em janeiro de 2019, Temer passou a faixa presidencial para o atual presidente Jair Messias Bolsonaro.
Temer foi eleito vice-presidente na chapa de Dilma por duas vezes seguidas e chegou a ser o coordenador político da presidente, mas os dois romperam as relações logo no começo do segundo mandato.
Michel Temer é formado em direito e começou sua carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo estadual de São Paulo. Temer também foi deputado constituinte e alguns anos depois, foi eleito deputado federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.
Michel Temer responde atualmente a dez inquéritos e Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), esses inquéritos teriam sido abertos ainda na época em que Temer era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo.
Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.
Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.