A escassez e descaso com o sistema público de saúde, fez mais uma vítima em nosso país, a falta de atendimento médico levou mais uma vida, uma jovem cheia de sonhos, planos e projetos, e dona de um grande talento.
O mundo musical vestiu preto no último sábado, 16, dia em que lamentavelmente a jovem cantora Dafne Mell, faleceu.
Dona de uma linda voz, Dafne era cogitada a ser a nova aposta para a indústria fonográfica em 2019. Aos 28 anos, a jovem cantora não resistiu a uma infecção, ela estava no Rio de Janeiro, procurou ajuda médica, mas não conseguiu atendimento no SUS (Sistema Único de Sáude).
O manager e também produtor de Dafne, Roberto Nogueira, lamentou a morte da cantora, “O Brasil perde um grande talento, uma mulher com uma voz potente e um baixo grave que poucos tem. Dafne Mell brilhará no Céu”, disse.
Dafne sofreu inicialmente uma inflamação na garganta, uma semana depois de apresentar uma melhora em seu quadro de saúde, a enfermidade desencadeou uma infecção urinária. A cantora passou por exames que comprovaram o diagnóstico de infecção, porém não haviam médicos disponíveis para atendimento de emergência.
Com a ausência de médico para o atendimento, Dafne ficou na fila do hospital por mais de 8 horas em estado febril. Dafne estava acompanhada de sua mãe, quando foram informadas que só teriam médicos para atendimento em 2 dias.
Alguns detalhes sobre o quadro de saúde da cantora em seus últimos dias e a falta de atendimento que levou ao falecimento da jovem Dafne Corrêa de Mello, conhecida como Dafne Mell, foram revelados por Roberto.
“A mãe de Dafne decidiu que no dia seguinte iria procurar um médico particular, só que ela teve mais febre e voltou ao hospital na esperança de ser atendida na emergência, que ainda estava sem médico. A cantora ficou numa cadeira de rodas esperando até que entrou em choque, teve duas paradas cardíacas e veio a óbito. A saúde pública matou mais uma estrela. Não apenas matou mais um talento, mas isso acontece todos os dias a milhares de brasileiros”, lamentou o produtor.