A ararinha-azul ficou conhecida mundialmente através do filme “Rio”, onde o personagem principal Blue era uma ararinha-azul, o filme conta a história da ararinha criada como animal doméstico, com todas regalias e muito mimado, ao ponto de não saber voar, Blue viaja milhares de quilômetros para encontrar sua amada, eles tem filhos, e por fim ele descobre que ainda existem muitos da sua espécie, e tudo acaba com um final lindo e feliz.
Mas infeliz na vida real, a história é bem diferente, a ararinha-azul está em risco de extinção desde 2000. Uma das principais causas é o desmatamento do seu habitat natural, tráfico ilegal de animais para suprir um mercado internacional de colecionadores.
A ararinha-azul é uma ave de origem brasileira, em 1819 foi descoberta pelo naturalista alemão Johann Baptist Ritter von Spix. Já era considerada muito rara na época da sua descoberta, e muitos nunca viram as ararinhas livres na natureza.
Atualmente não se tem registro confirmado de ararinha-azul livre na natureza, em nenhuma parte do mundo. Só em cativeiro: na Alemanha, em Singapura e no Brasil.
No Brasil em um criadouro de Minas Gerais para ser mais preciso, tinha apenas 11 ararinhas e vivendo em cativeiro, ao todo no mundo tem 158 ararinhas-azul, isso em agosto de 2018.
Estudos realizados pela ONG Bird Life, consideram a Arara-azul uma ave brasileira já extinta. A ONG divulgou um relatório de algumas espécies ameaçadas, e o Brasil entrou nessa lista (Gritador-do-Nordeste, Limpa-Folha-do-Nordeste, Caburé-de-Pernambuco, Arara-Azul Pequena) e dentre elas a famosa ararinha-azul.
A ararinha-azul está extinta na natureza, mas a boa notícia é que não desapareceu completamente. Cinco instituições, incluindo uma no Brasil, cuidam de animais dessa espécie e trabalham para aumentar a população e para poder incluir novamente estes animais na natureza. Foram feitos dois acordos internacionais, assinados em 2016 e 2018, ligando estas instituições a Parrots International, o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente, que apoiam as atividades para recuperar a espécie.
“Esses acordos permitirão a transferência de 50 ararinhas da Alemanha para a área de soltura no Brasil e a execução do projeto de reintrodução”. Estima-se que com o projeto, se consiga reintroduzir as ararinhas na natureza até o ano de 2022.