Na última sexta-feira, 22, foi registrado o óbito de um bebê de apenas 5 meses de idade. A criança faleceu após seus pais realizarem uma circuncisão no garoto, o procedimento foi realizado na casa da família, na Itália.
O bebê sofreu uma parada cardíaca, ele foi socorrido e levado para um hospital de Bolonha, mas faleceu pouco tempo depois de dar entrada no hospital.
A polícia do norte da província de Reggio Emilia, local onde a família reside, iniciou uma investigação relacionada a conduta dos pais do bebê, que responderão pela morte do garoto. Os pais do bebê são imigrantes de Gana.
De acordo com uma instituição de caridade, Amsi, acontece anualmente cerca de 5 mil procedimentos de circuncisões em bebês na Itália, no entanto, mais de um terço dos procedimentos realizados são feitos de maneira ilegal.
A Itália é um país católico romano, e por isso a circuncisão não é realizada em instituições de saúde pública, o que leva muitos imigrantes, de países muçulmanos, onde retirar o prepúcio dos bebês é comum, a realizarem o procedimento de forma clandestina e ilegal.
A circuncisão é considerada um procedimento simples, quando realizado por médicos especializados na área e com a utilização de instrumentos corretos, mas, ainda assim, é um procedimento que apresenta riscos para a saúde, como sangramento e infecções. É preciso também levar alguns fatores em conta, passar por avaliação médica para ver a necessidade de realizar o procedimento. Em alguns casos como prepúcio incomumente apertado, ou seja, fimose, ou caso haja inflamação, conhecida como balanite. No entanto, ainda para estes casos, existem outras formas de tratamento, um pouco menos invasivas para homens e meninos.
Outro fator levado em consideração para não realizar a circuncisão, são os possíveis traumas que as crianças podem adquirir, segundo psicólogos.
Em dezembro do ano passado, 2018, aconteceu um caso muito parecido, no mesmo país. Um garoto de 2 anos, faleceu após passar por um processo fracassado de circuncisão em um centro de imigrantes em Roma.
A circuncisão ritual é proibida desde junho de 2018, decido pelo tribunal regional de Colônia, na Alemanha, onde o juiz levou em consideração, que remover o prepúcio causa danos corporais.