No dia 7 de abril de 2011, um homem adentrou as dependências da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na capital carioca, e vitimou cerca de 12 adolescentes. O evento, que ficou conhecido como Massacre de Realengo, completou 8 anos nesse domingo (7).
Na ocasião do massacre, Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da escola em questão, entrou no local do crime às 8h30 da manhã. Então, Wellington abriu fogo contra estudantes da unidade escolar. Posteriormente, ele foi atingido por um disparo da polícia e, no fim, acabou por cometer suicídio. As vítimas feitas por Wellington, de acordo com a fala do diretor do hospital para o qual foram encaminhadas, tinham entre 12 e 14 anos. Na ocasião, foram mortas dez meninas e um menino. Entre as crianças que ficaram feridas, contabilizou-se outras dez meninas e mais três meninos.
Para cometer o massacre, Wellington fez uso de dois revólveres calibre 38, bem como de um equipamento que facilitava a recarga rápida das armas, cuja capacidade é de apenas seis balas. De acordo com testemunhas presentes no local, o atirador abriu fogo contra duas pessoas ainda do lado de fora da Tasso da Silveira e entrou na escola alegando que faria uma palestra.
Na ocasião do massacre, Wellington Menezes de Oliveira deixou uma carta suicida, na qual falava a respeito de suas motivações para cometer o crime e, de acordo com o que era exposto, ele sempre pretendeu se suicidar após cometer o massacre.
Escola Tasso da Silveira passou por reestruturação após se tornar cenário do Massacre de Realengo
Para além do aniversário da tragédia, outro motivo pelo qual o Massacre de Realengo vem sendo lembrando nos últimos tempos é a ocorrência semelhante da escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. Contabilizando um total de dez mortos, incluindo os assassinos, a tragédia em questão guarda diversas semelhanças com o ocorrido em Realengo, inclusive o fato de que os autores do crime eram ex-alunos da instituição que escolheram como cenário de seus respectivos massacres.
Depois de toda a violência vivenciada na escola Tasso da Silveira, a comunidade local, assim como familiares e amigos das vítimas do massacre, se reuniram para fundar uma organização chamada Anjos de Realengo, que visava relembrar os mortos da tragédia e ajudar a resolver problemas locais.
Além disso, após a ocorrência, as medidas de segurança referentes à unidade escolar em questão foram reforçadas. Como maneira de não deixar que as vítimas sejam esquecidas, os muros do local foram pintados e um memorial em sua homenagem foi feito.