Mãe de menina de 11 anos encontrada sem vida no Paraná, depõe e revela o que a filha falava sobre o pai

O pai da vítima está preso e o caso segue sob investigação policial.

Na manhã desta terça-feira (30), Jéssica Pires, falou pela primeira vez após o crime. Extremamente emocionada, Jéssica contou em depoimento à Polícia Civil, que ficou sabendo do desaparecimento da filha por uma mensagem enviada pela avó paterna. Ela disse que jamais passou por sua cabeça que o pai da garota pudesse fazer alguma coisa contra ela. “Quando as provas começaram a apontar para ele, cheguei a falar que pela lógica ele era o suspeito, mas ele disse que se sentia culpado por não ter dado a atenção que a Eduarda precisava”, declarou.

Ao delegado ela disse que a filha já havia se queixado contra o pai. “Ela [Eduarda] falava que ele era bravo, que ele esperava ela chegar da escola no portão de casa, mas eu achava que era preocupação de pai. Eduarda dizia que ele era frio com ela, não dava carinho, mas eu não achava isso estranho, porque ele era frio no casamento também”, revelou.

A estudante de apenas 11 anos de idade, foi privada do direito de viver, de forma cruel, indigna e revoltante. Consta nos registros do Boletim de Ocorrência, que a adolescente, Eduarda Shigematsu, foi dada como desaparecida, após voltar depois de mais um dia de aula escolar, na quarta-feira, dia 24 de abril, o fato aconteceu na pacata cidade de Rolândia, no Paraná.

A garota chegou da escola por volta do meio-dia, como de costume, colocou a mochila no sofá e depois disso desapareceu, o próprio pai dela, usou seu perfil pessoal nas redes sociais e pediu a ajuda de todos para encontrar Duda, segundo contou, ela simplesmente desapareceu sem deixar pista alguma, disse ele ao publicar uma foto dela, na quarta-feira (24).

O pai de Eduarda, Ricardo Seidi, foi confrontado pela polícia, no domingo dia 28, após denúncia anônima, ele resistiu, mas depois de muita conversa, confessou à polícia que após encontrar sua filha já sem vida, no quarto dela, com uma corda enrolada no pescoço, deu por fé que ela havia se enforcado.

Ainda segundo os relatos dele, o desespero foi maior que tudo, ele diz ter ficado sem reação e sem saber como agir naquele momento, enrolou a menina em um lençol, colocou no banco de trás do carro e levou para uma casa, de sua propriedade, que estava vazia, nos fundos dessa casa havia um buraco, ele continua dizendo, que colocou o corpo dela lá dentro e tampou com cimento.

Ele confessou a ocultação do crime. Disse que no dia dos fatos encontrou a menina enforcada com uma corda. Ao ver a filha morta, se desesperou, amarrou o corpo, colocou dentro de um veículo preto e levou até essa casa que estava abandonada. No local, já existia um buraco por causa de uma fossa, então ele colocou o corpo nesse local, fechou com cimento e foi embora. Ele ficou aproximadamente 20 minutos na casa”, revelou o delegado responsável pelo caso, Ricardo Jorge.

Porém, laudos do Instituto Médico Legal (IML), apontaram que a menina não foi enforcada, e sim esganada, sendo assim, foi qualificado o homicídio. O pai de Eduarda está preso.

Me de menina desaparecida confirmou por uma rede social que corpo encontrado era da filha Foto ReproduoFacebook

“A materialidade e a suspeição a gente já tem, o laudo do IML apontou quem foi o executor. Agora estamos trabalhando para descobrir a motivação desse crime“, declarou o delegado.