A cada 46 minutos 1 pessoa tira a própria vida no Brasil

Dados do ministério da saúde mostram que os números de pessoas que tiram a própria vida tem aumentado.

A cada 46 minutos 1 pessoa tira a própria vida no Brasil.

Os dados são de 2016, quando foram registrados 11.433 casos de morte por suicídio no Brasil, o que dá em média um caso a cada 46 minutos. O número demonstrou que houve um aumento em relação ao ano de 2015 de cerca de 2,3%.

Os dados citados acima foram apresentados pelo Ministério da Saúde. A diretora da secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, acredita que este número seja ainda maior. Em entrevista ela falou sobre um “subdiagnóstico” de aproximadamente 20%.

Atualmente no Brasil, o suicídio ocupa a quarta posição dentre as causas de morte entre jovens de 15 e 29 anos. Quando se faz uma análise mais seletiva nota-se o suicídio como a terceira causa entre os homens nesta faixa etária, e entre as mulheres da mesma idade essa ocupa a oitava posição.

As vítimas

Os dados que foram levantados mostram as taxas morte por suicídio para cada 100 mil habitantes. A maior taxa apresentada é entre os indígenas. O número entre os indígenas chegam a 15,2 casos para cada 100 mil. Entre os homens esse número chega a 23,1; entre as mulheres esse número cai um pouco, atingindo cerca de 7,7.

Ainda baseado nos dados passados pelo Ministério da Saúde, cerca de 44,8% dos casos de suicídio entre os indígenas, tomando por base o ano de 2016, ocorreram na faixa etária entre 10 e 19 anos.

“Não é só no Brasil, isso [alto suicídio indígena] também ocorre nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia. Você tem várias causas e vários determinantes que são muito mais complexos do que o da população não indígena”, afirmou a diretora Fátima.

No Brasil, na última década a taxa de suicídio entre os homens chegou a 9,2, o que equivale a um aumento de 28%, e entre as mulheres o aumento foi um pouco menor, partindo de 2,2 para 2,4 para cada 100 mil habitantes.

“O desemprego também tem sido um fator de risco das tentativas de suicídio. Uma análise que a gente ainda vai melhorar é a de determinadores sociais, como também é a da violência de gênero contra as mulheres”, disse Fátima Marinho.

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