A polícia de Reedsburg, em Wisconsin, está investigando um caso não muito comum, um casal procurou a delegacia para comunicar o falecimento de seu filho de 15 anos, mas o curioso dessa história seria o motivo: os pais haviam forçado o jovem a participar de um jejum de 40 dias para alcançar uma bênção de Deus.
Kehinde S. Omosebi, de 49 anos, entrou no departamento de polícia por volta das 16 h para relatar a morte de seu filho, segundo informações o casal poderá passar os próximos 25 anos na prisão por sua negligência.
A polícia se dirigiu ao local e chegando lá, na casa da família que estava trancada, os policiais encontraram o corpo do rapaz, muito magro, sem vida, também estava na casa o seu irmão, um adolescente de 11 anos que também estava muito magro e desnutrido.
O pai do jovem contou à polícia que eles começaram o jejum que duraria 40 dias, onde eles podiam apenas beber água, assim eles buscavam receber as bênçãos de Deus para se mudar mudar para Atlanta. Ele disse à polícia que era um ministro afiliado aos Ministérios de Reforma da Cornerstone, mas isso não foi confirmado.
O delegado disse que conhece o jejum religioso, mas que nunca tinha ouvido falar de jejum por tanto tempo ainda mais praticado por crianças ao ponto de sua saúde ficar comprometida.
As autoridades informaram que o adolescente falecido escreveu uma carta para “Advogados do Tribunal de Sauk County Circuit”, ele reclamou sobre a fome que ele sentiu enquanto foi obrigado pelos pais a jejuar e disse que sentia medo de não aguentar e morrer.
“A fome é demais. Por favor, me ajude agora para que eu possa comer. Eu não posso continuar vivo sem comida. Se eu não conseguir comida agora, provavelmente vou morrer de fome”.
Quando a polícia chegou a mãe dos meninos foi encontrada abraçada a alguns materiais religiosos. O delegado disse que foi uma coisa terrível o jovem perder a vida sob esse tipo de circunstância envolvendo as pessoas que ele mais confiava, os próprios pais.
A mãe do rapaz e o garoto de 11 anos foram levados a um centro de tratamento médico, logo depois o adolescente foi encaminhado a uma casa protetora, enquanto o casal foi acusado de negligência a uma criança causando dano físico irreparável.