Bombeiro que ajudou a resgatar mulher da lama procura por irmã desaparecida em Brumadinho

A tragédia que arrastou vidas, animais e pertences pela lama, devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho – Minas Gerais, tem causado grande comoção em todos os brasileiros e no mundo. Até o momento 58 vítimas fatais somam-se aos mais de 300 desaparecidos e inúmeras pessoas hospitalizadas, uma verdadeira catástrofe em solo mineiro.

Em meio a muito sofrimento, lamentamos a história do bombeiro hidráulico Jefferson Ferreira, de 33 anos de idade, que tomou ciência do ocorrido através de um programa de rádio, noticiando o rompimento da Barragem 01 do complexo minerário do Córrego do Feijão em Brumadinho, ele logo se lembrou da irmã que estava naquele momento trabalhando na pousada Nova Estância, que fica próxima da Vale. Ele se dirigiu até o local e no percurso avistou uma senhora soterrada na lama gritando por socorro.

Jefferson com muita responsabilidade conseguiu retirar a mulher da lama, e pessoas que a tudo assistiam filmaram o momento e divulgaram a cena na internet.

Na hora eu não pensei em nada. Eu saí correndo para lá querendo encontrar alguém, que fosse um cachorro ou um passarinho, só queria encontrar alguém vivo”, relatou o bombeiro que foi aclamado por herói pela população local.

Ao ser entrevistado, declarou: “Eu poderia ter ido embora junto com elas, fiz de impulso, cabeça quente. Mas tenho orgulho de ter ajudado de alguma forma”. Quanto aos elogios, disse: “Eu não quero esse mérito, só fiz o que eu tinha que fazer”. Conclui.

Segundo informação da corporação do Corpo de Bombeiros, Jefferson não dorme desde que a barragem se rompeu na última sexta-feira , dia 25, o bombeiro humilde e herói, já resgatou dezenas de pessoas e não pretende parar até que o último desaparecido seja encontrado, entre eles infelizmente está a irmã dele, Jussara Ferreira, de 35 anos, camareira da Pousada Nova Estância.

Jefferson confessou que tem esperança de encontrar sua irmã com vida, e busca por notícias de seu paradeiro incansavelmente, segundo ele mesmo conta, quando não está com o pé na lama a procura dos desaparecidos, está como voluntário na distribuição de água e alimentos junto a outros colegas de profissão.