Uma mãe por nome Scheila Stolberg luta na justiça para recuperar sua filha, que foi tirada no hospital estrela no Rio Grande do Sul. Segundo a mãe só descobriu a gravidez aos 3 meses, ao iniciar o pré-natal, ela foi diagnosticada com trombose na veia do intestino, uma geração de alto risco, e assim então foi internada no hospital durante 4 meses, e ao completar o tempo de gestação, ela foi levada a sala de parto, e assim que o bebê nasceu, Scheila viu sua filha uma única vez. A criança foi tirada da mãe, sem motivos aparentes, sob acusação infundada de que a mãe foi negligente quanto a gestação, alegaram também que a mãe não fez o pré-natal. Porém a mãe passou internada 4 meses no hospital, então como não fez pré-natal?
Perguntas sem respostas é o que tem acontecido não só nessa família, mas em tantas outras pelo Brasil, segundo fontes 800 crianças desaparecem por dia no Brasil. Muitas delas são vendidas para famílias ricas e com alta renda. Será que o da mãe Valentina, Scheila Stolberg, é mais um desses casos?
Veja o relato da mãe, o link da página Facebook:
Todos pela volta da Valentina
“Olá, meu nome é Scheila Stolberg, tenho 25 anos.
Hoje, vim contar um pouquinho da minha história… Sou casada e tenho 3 filhas, infelizmente, só duas delas moram comigo. O motivo pelo qual uma das minhas filhas não estar junto a mim eu busco entender todos os dias desde a nossa separação.
Há três anos eu morava na cidade de Estrela – RS – esse nome se tornou o meu maior pesadelo – lá, descobri minha segunda gestação aos 3 meses, e, além disso, uma patologia associada a minha gravidez (trombose na veia do intestino). Com esse diagnóstico e com a notícia de que minha gestação era de alto risco, fui submetida a um tratamento médico pelo período de 4 meses. Internada e sendo assistida 24 horas por dia no Hospital de Estrela, necessitei que minha filha mais velha, hoje com 8 anos de idade, ficasse com o meu ex marido e pai dela pelo período em que eu estava em tratamento.
Já no Hospital, comecei a receber visitas de uma Assistente Social diariamente, essa, fazia-me propostas, no mínimo, ilógicas. “Scheila, você não quer entregar sua filha para adoção? Tem um casal muito rico interessado na sua filha”, “Scheila, sua filha pode nascer com deficiência, tem certeza que você vai querer cuidar de uma criança deficiente?” Diante das minhas recusas, as propostas cessaram. No entanto, continuei a me perguntar, na minha ignorância, se era normal esse tipo de comportamento vindo de uma Assistente Social.
Hoje, depois de tudo que me aconteceu e conhecendo um pouquinho do trabalho da Assistência Social do município onde moro atualmente (Capitão Leônidas Marques, no interior do Paraná), e como a equipe daqui procede com ética e empatia, vejo que não, isso está longe de ser comum, e, inclusive, cabe penalidades diante do Conselho de atuação dessa profissão.
Enfim, o tempo passou, minha filha nasceu e eu a vi apenas uma vez, UMA VEZ, e depois, nunca mais pude vê-la, aliás, não pude nem tocá-la. Um conselheiro tutelar e a assistente social tiraram minha filha de mim ainda no hospital. Alegaram que fui negligente durante a gestação e que tinha problemas psicológicos. Pergunto-me, como fui negligente se fiquei internada por 4 meses para assegurar a salubridade da minha gestação? Eu fui extremamente presente e preocupada comigo e com minha filha! Quando ela nasceu eu estava fragilizada emocionalmente, pois, qualquer mãe que passa 4 meses internada em um hospital sendo bombardeada por uma assistente social fica fragilizada e, é neste momento que eu deveria ter recebido apoio, mas não, ela foi tirada de mim, sem que eu entendesse quais foram os reais motivos. Trombose? Insegurança materna? Isso não são motivos para tirar um filho de nenhuma mãe.
Pelo que eu sei hoje, pois fui muito bem esclarecida pela assistência social de Capitão Leônidas Marques, quando uma equipe verifica que uma família não está, naquele momento, reunindo condições para criar seu filho, o primeiro procedimento a ser adotado é oferecer instrumentais para que a família possa lidar com situações adversas de maneira funcional, e, se, ainda assim não houver possibilidades de que a família de origem fique com os filhos, as primeiras pessoas a serem procuradas para exercer o cuidado com a criança são seus familiares (família extensa). Então, por que minha família não foi consultada sobre a possibilidade de ficar com o meu bebê para que ela pudesse permanecer em sua família de origem?
Muitas perguntas, nenhuma resposta. Eu, minha família, minha advogada, equipes vinculadas a Rede de Proteção daqui do município e amigos, temos lutado incansavelmente para obter ao menos uma explicação sobre o porquê do afastamento precoce da minha filha. Até agora nada, ninguém se manifestou, ninguém quis falar, ninguém quis explicar.
Enquanto isso, o tempo passou, minha filha foi adotada e eu fiquei aqui, esperando, lutando, tentando e sofrendo. Todos os dias a dor vem me visitar, meu coração sangra, é como se eu estivesse vivendo em luto por todo esse tempo, mas eu não desisto e luto pela VIDA, vida da minha FILHA, na esperança de que um dia eu acorde desse pesadelo e possa ter ela ao meu lado e da minha família como deveria ter sido desde o princípio”.