Desastre em escola africana: dispara o número de mortos e ainda pode haver crianças sob os escombros

As últimas informações vindas da Nigéria dão conta que mais de vinte pessoas, entre elas várias crianças, morreram no desmoronamento na quarta-feira (13) de um prédio de três andares que abrigava uma escola primária em Lagos, na Nigéria, segundo números oficiais divulgados pelas autoridades locais.

De acordo com as autoridades nigerianas, as equipes de resgate conseguiram resgatar com vida outras 43 pessoas, que estão internadas, segundo declarou o secretário de Saúde do governo do estado de Lagos, Jide Idris.

O secretário divulgou nesta sexta-feira nas últimas horas os números oficiais em entrevista coletiva, depois de as equipes de emergência finalizarem ontem os trabalhos de resgate. Todavia, há relatos de pessoas desaparecidas que não constam na lista de mortos ou feridos nos hospitais. Principalmente crianças.

O desabamento do prédio aconteceu na quarta-feira (13). O imóvel estava situado na ilha de Lagos, um núcleo da cidade ligada por estrada com o resto da cidade e que funciona como dique da lagoa de mesmo nome. No local funcionava uma escola particular, que ruiu enquanto as crianças estavam em aula.

As agências de notícias internacionais informaram que os trabalhos de resgate teriam acabado nesta sexta-feira, depois que o gerente da Agência de Gestão de Emergências de Lagos, Adeshina Tiamiyu, afirmou que as tarefas cessaram porque “não restava nenhuma vítima entre os escombros”.

Entretanto, críticas estão sendo feitas aos trabalhos de resgate, que conta com grande deficiência de máquinas e equipamentos e, sobretudo, de bombeiros qualificados para esse tipo de ocorrência. E como ainda há desparecidos, as dúvidas permanecem se estão encerradas ou não as buscas.

A exemplo da maioria dos países africanos, as construções na Nigéria são consideradas frágeis e levantadas de forma irregular, sem a fiscalização dos órgãos competentes. Também existe corrupção por parte de quem deveria fiscalizar as obras. Muitos prédios são construídos sem vigas de cimento e aço. Outros, a composição de cimento e aço fica abaixo do recomendado pela engenharia.

A respeito dessa grave situação, a Agência de Controle de Edifícios de Lagos começou hoje (16) um plano de demolições que afetará cerca de 180 prédios na região, dos quais 20 serão destruídos ainda nesta semana.