Um caso que aconteceu na Califórnia, Estados Unidos, chamou a atenção pela crueldade com que os pais tratavam seus 13 filhos. O casal foi acusado de torturar, maltratar e manter acorrentados os 13 filhos. No entanto, finalmente eles receberam o que mereciam, eles foram condenados nesta sexta-feira (19) à prisão perpétua.
A sentença foi lida na frente de dois de seus filhos biológicos que estavam presentes no julgamento e deram seus depoimentos emocionados ao relembrarem os maus-tratos que viveram.
Em uma emotiva audiência anterior onde o casal se declarou culpado, eles pediram perdão aos filhos e disseram amá-los. Um dos filhos disse que sofre até hoje com pesadelos com o sofrimento vivido por ele e os irmãos:
“Meus pais me tiraram toda a vida, mas agora a estou recuperando”, disse uma das filhas na sala da audiência.
Alguns dos filhos afirmaram que até amavam os pais apesar dos maus-tratos e pediram que o juiz não lhes desse uma pena tão dura, enquanto outro afirmou que havia perdoado os pais e sempre orava por eles.
O casal foi preso em janeiro de 2018 quando uma de suas adolescentes filha do casal de 17 anos, conseguir fugir da casa e ligar para a polícia avisando que seus irmãos estavam “acorrentados nas camas”.
A jovem encontrou um celular na casa e conseguiu ligar para o serviço de emergência. Os policiais ficaram impressionados com o quanto ela estava magra e desnutrida e parecia ter apenas dez anos. Mas a situação era muito pior, pois na casa foram encontradas crianças e adultos em condições sub-humanas de vida, eles tinham idades de 3 e 29 anos e alguns estavam com quadro de desnutrição severa.
“É o caso mais horroroso que já vi em toda a minha carreira”, declarou o procurador.
“Acredito que tudo acontece por um motivo. A vida pode ter sido ruim, mas me fez forte. Lutei para me tornar a pessoa que sou”, disse nesta sexta-feira outra filha do casal, que agora frequenta uma Universidade.
Vizinhos contaram que coisas estranhas aconteciam naquela casa:
“As crianças eram muito pálidas, tinham o olhar vazio e nunca saíam para brincar, apesar de serem numerosas”.