A maternidade é um momento único na vida de uma mulher, gerar um filho, poder trazê-lo ao mundo. Embora exista a parte linda de gerar a vida, o parto causa muita dor e sofrimento para a gestante.
Não bastando as dores naturais, uma mulher em Rondônia procurou a Polícia Civil de Rolim, para denunciar seu médico, ela acredita que tenha sofrido violência no parto, ou como também é chamada, violência obstétrica.
Além da denúncia, a mulher expôs na rede social um desabafo, mostrando imagens da cicatriz de sua cesárea, que visivelmente não teve uma boa cicatrização.
Na rede social, ela relatou que o médico não permitiu que seu esposo acompanhasse o parto, sendo que este é um direito garantido por lei.
“Pois é, não havia, seria ali mesmo, o médico olhou para mim e disse: ‘olha, não sei se vai dar certo, mas você pode continuar tentando você fez sua escolha preferiu ficar com elas (doula e amiga enfermeira), elas fizeram tudo errado com você e agora você terá que sofrer as consequências, talvez o seu útero tenha rompido e o seu feto não consiga’. Eu super assustada perguntei se podíamos ouvir o bebê e ouvimos, estava tudo bem com o bebê, ele era forte e os batimentos cardíacos estavam em 140 por minuto.
Mas isso não foi o suficiente para o Dr. ele continuou indagando: ‘Olha já vou te falar, teremos que fazer a episiotomia senão você pode se rasgar toda’. A enfermeira disse a mesma coisa e ainda completou: ‘O seu bebê é grande será impossível não fazer’. O médico continuou dizendo: ‘Eu tenho mais estudo que essa menina (ele se referia a doula), tenho livros e livros de estudo e ela o que tem?’.
Agora eu te pergunto, aonde foi que ele estudou que aprendeu a tratar uma paciente assim? Onde ele aprendeu fazer uma cirurgia assim?
Enquanto eles falavam todas essas coisas, eu estava ali gritando de dor, eu pedi várias vezes para levantar, eu queria levantar, eu queria agachar, sentia meu corpo pedindo isso, então ele veio e de novo fez o toque, meu Deus eu já havia perdido as contas de quantas vezes ele já havia feito e de como era horrível, então ele disse: ‘Seu colo do útero ainda está duro, não vai dar tempo, vamos ter que fazer cesárea’. Como assim, colo do útero duro? Eu não compreendia nada naquele momento, mas não tinha mais para onde ir, a não ser a mesa de cirurgia.
Fui carregada para o centro cirúrgico, lá eu mal consegui subir na mesa de cirurgia, sentia muita dor e o desespero era maior que qualquer outra coisa. Eu chorava, mas tive que engolir o choro e me calar. Lembro-me perfeitamente de ter apenas três pessoas na sala, a enfermeira, o médico e outro médico auxiliar. Foi o médico mesmo que aplicou a anestesia em mim, achei estranho, mas naquele momento a única coisa que eu queria era ver o fim de tudo aquilo, era ver meu filho bem”, escreveu a mãe em seu desabafo nas redes sociais.