Até que ponto os pais podem ir quando se trata da correção de seus filhos? O que é considerado “o certo a fazer”, quando se tratam de crianças que podem estar se desviando para caminhos errados?
Uma mulher chamada Elizete Sodré, é mãe de dois meninos de 10 e 13 anos. Elizete está sendo acusada de maus-tratos por deixar os dois filhos acorrentados e sozinhos em uma casa na zona rural. Além de estarem acorrentadas, as crianças também estavam com fome. Ela foi intimada para prestar depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
A mulher compareceu na Delegacia da Cidade Operária para prestar esclarecimento depois que os filhos foram encontrados com fome e acorrentados no Residencial Faria Lima (zona rural de São Luís).
De acordo com informações passadas pela polícia, Elizete disse que estava trabalhando no dia em que as crianças foram encontradas e que vende café em uma banca no bairro da Cohab. A mãe contou à polícia que o motivo de deixar os filhos acorrentados em casa é porque ela perdeu o controle sobre eles. Segundo ela, quando sai para trabalhar, os dois saem da casa pela manhã e só retornam à noite, sem que ela saiba o que estão fazendo e onde estão.
Elizete disse ainda que já pediu ajuda do Conselho Tutelar porque os filhos estariam envolvidos em atos infracionais. Ainda assim, ela foi intimada a prestar depoimento nesta quarta na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.
Depois que a mãe prestou depoimento na delegacia, policiais que estiveram no local, levaram Luís Sodré Cantanhede, o tio, preso por manter as crianças acorrentadas e em cárcere privado. A polícia informou que o homem tem passagens na polícia por porte ilegal de arma de fogo (2013), e “violação de vulnerável” (2017). Em depoimento, Luís disse que a mãe é quem acorrenta as crianças por elas serem ‘levadas’.
No momento em que chegaram à delegacia, os policiais cortaram as correntes que prendiam as crianças e os dois foram levados para um abrigo da cidade.