Mãe e médicos sentiram odor forte na cabeça de criança: no hospital, tiveram 100 surpresas desagradáveis!

Um caso lamentável de descuido na criação de uma menina de 1 ano e 10 meses, em Pernambuco, chocou a população da capital Recife. Nos últimos dias, a criança foi tratada de uma infestação de larvas em sua cabeça, que no Nordeste e em outras regiões do Brasil é conhecida por “tapuru”.

De acordo com o Hospital Maria Lucinda, na Zona Norte de Recife, a menina foi socorrida para aquela unidade hospitalar com uma grave infestação de larvas. Foram retiradas mais de 100 larvas do couro cabeludo da criança.

O hospital ainda informou que a garotinha foi submetida a uma cirurgia para a retirada da infestação no couro cabeludo. Atualmente ela precisa continuar o tratamento nos postos de saúde para renovar os curativos, mesmo após a alta médica.

Segundo informou o conselheiro tutelar Ozéias Paulo, que acompanha o caso, a menina Y.V.M.R. recebeu alta do Hospital e foi levada para um abrigo de acolhimento nesta quarta-feira (10).

O conselheiro tutelar informou a um Portal de Notícias local, nesta quinta-feira (11), que a pequena paciente foi atendida e tratada desde o dia 3 de abril. De acordo com Ozéias, a infestação teria sido descoberta após a mãe da menina sentir um odor forte vindo da cabeça da criança. Ela percebeu que havia secreção no local e procurou atendimento médico.

“O primeiro atendimento ocorreu em uma unidade básica de saúde, que enviou a criança para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Depois, o caso foi encaminhado ao hospital”, contou o conselheiro tutelar.

“No primeiro dia de tratamento, foram retirados 45 tapurus. No segundo, outros 14”, comentou Ozéias, acrescentando que foram, ao todo, cerca de 100 larvas retiradas da cabeça da pobre criança. Ele também disse que a perfuração feita na cabeça da menina parecia o buraco de um disparo de arma de fogo.

Outro problema com a criança, além da infestação de larvas, foi descobrir que ela estava com o cartão de vacina vencido. Diante de tal situação o caso passa a ser de negligência familiar e maus-tratos pelos conselheiros.

“Procuramos conhecer a situação da família e descobrimos que seis irmãos moram na mesma casa que a menina, no bairro da Macaxeira, na Zona Norte da capital. Três deles são negligenciados intelectualmente, não estudam há pelo menos dois meses e também estão com os cartões de vacina desatualizados”, finalizou o conselheiro.

A Polícia Civil de Pernambuco informou que um inquérito foi aberto para apurar o caso. A investigação está sob a responsabilidade da delegada Thaís Galba, do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).