O jogo de futebol aconteceu no último sábado (20), na cidade de Corumbá, no Estado do Mato Grosso do Sul. O jovem Luiz Eduardo Lima Correa da Silva, de apenas 15 anos, defendia uma das equipes quando sofreu uma forte pancada na cabeça num lance com outro atleta. Ele atuava na partida como goleiro.
Segundo informou a família do jovem goleiro, ao sofrer a pancada durante a partida ele chegou a ficar grogue e acabou sendo socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Corumbá. Lá, o garoto foi atendido por um médico, que passou uns remédios e mandou o adolescente para casa.
Em casa, no sábado e no domingo o jovem reclamava para a família que ainda estava sentindo muitas dores. Preocupados, os familiares levaram ele novamente para a mesma UPA. E o mesmo procedimento foi feito: foi consultado, medicado e liberado para ir embora para casa.
O garoto voltou para casa e as dores não cessaram, pelo contrário, se tornaram mais fortes, segundo depoimento dos parentes. Ao buscar atendimento pela terceira vez, o médico que o atendeu viu que realmente havia algo de errado e o adolescente foi internado e encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa casa de Corumbá.
De acordo com o hospital, Luiz Eduardo foi diagnosticado com traumatismo craniano encefálico. Diante da gravidade do caso, o garoto foi internado no CTI na terça-feira (23), com quadro de insuficiência respiratória. Infelizmente, na manhã da quarta-feira (24) sofreu uma parada cardiorrespiratória.
A equipe médica tomou todas as providências de socorro possíveis, mas, infelizmente, Luiz Eduardo não respondeu à manobra de ressuscitação cardiopulmonar, e morreu às 11h40 da manhã. O corpo do adolescente foi enterrado nesta quinta-feira (25).
A imprensa local procurou a UPA e o Hospital onde o adolescente foi atendido e liberado, todos de responsabilidade do município de Corumbá. Entretanto, até o momento nenhum responsável se pronunciou.
O jovem goleiro Luiz Eduardo fez aniversário no último domingo e cursava o ensino médio em Corumbá. Ele é mais uma vítima do falido Sistema Único de Saúde, que não prestado um serviço de saúde pública gratuita de qualidade, como determina a Constituição Brasileira.