Não quer ser enterrado ou cremado? Seu corpo pode virar adubo de jardim; Projeto de lei já foi aprovado

Uma nova lei foi aprovada no Estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos, seus governantes decidiram conceder a permissão para transformar os restos mortais do corpo humano em adubo para jardins. A ideia, que já foi aprovada pelo legislativo na semana passada e aguarda aprovação do governador Jay Inslee, é oferecer uma alternativa a mais à cremação ou ao enterro.

A conversão do corpo ao adubo leva um mês, essa opção agradou a grande maioria do povo dos EUA, eles citaram que esta é uma forma de contribuir com o meio ambiente depois da morte, eles ficaram surpresos e contentes por poderem e fazê-lo de forma legal. Aqui no Brasil e na maioria dos países, é determinantemente proibido dispor de restos humanos fora de cemitérios ou locais de enterro autorizados, inclusive por questões sanitárias. Os internautas questionam; como esse método é realizado?

O processo de decomposio mais rpido do que um enterro tradicional

O antropólogo forense Daniel Wescott, explica que o corpo humano pode demorar meses ou até anos para se decompor na terra, o tempo que levará para que isso aconteça, dependerá exclusivamente do tipo do solo, se for muito seco, o corpo mumifica, já em regiões extremamente úmidas, ele pode se degradar até restarem só os ossos em semana.

Nos cemitérios os corpos são enterrados dentro de caixões de madeira, é isso que retarda a decomposição. “Com uma quantidade de bactérias, em um mês o corpo já deveria ter se decomposto na terra”, diz Wescott à BBC. O índice de cremação nos Estados Unidos é alto.

“A natureza sabe como transformar nossos corpos em terra. Em adubo”, disse à BBC Nina Schoen, uma das promotoras da ideia de converter o corpo humano em adubo.

Estima-se que at 2035 somente 15 dos enterros sero do tipo tradicional nos EUA

O mais importante, ao menos para mim, é que meu corpo seja capaz de devolver à Terra o que ela me entrega enquanto estou viva e, através desse processo, criar novas fontes de vida”, disse.

“O que fazem é simplesmente acelerar o processo natural de decomposição”, explica Nora Menkin, diretora da ONG People’s Memorial (Memorial do Povo, em inglês), que fornece serviços funerários a pessoas de baixa renda.

Pesquisadores da Universidade de Washington, revelaram que para virar adubo de jardim, o processo consiste em adicionar uma mistura de madeira e outros ingredientes biodegradáveis ao corpo e colocá-lo em uma espécie de composteira mantida a 55ºC.

Bactérias termofílicas, que crescem no calor e aceleram a decomposição. E a temperatura, diz a empresa, mata bactérias responsáveis pela disseminação de doenças. O resultado é um adubo que pode ser usado de maneira segura, sem perigo de contaminação.

Temos toda essa energia que muitas vezes é queimada ou ‘selada’ em caixões e que podemos usar para ajudar a criar mais vida“, diz Menkin. Nina Schoen afirma que apoia essa opção porque quer que seu corpo retorne ao meio ambiente. “Questões ambientais são muito importantes para mim e tem um papel central nas decisões que todo no dia a dia”, conclui ela.