A natureza tem capacidade de se reconstruir e refazer, no caso dos oceanos isso não é diferente, no entanto, nas últimas três décadas as águas marinhas ingressaram em um intenso processo de poluição, os níveis se elevaram de tal forma que os oceanos e mares já não conseguem se regenerar. Pensando nisso algumas medidas vem sendo tomadas para tentar diminuir os danos ambientais, os canudos de plástico, por exemplo, estão sendo proibidos em muitas cidades por todo. Até mesmo grandes corporações como a Starbucks e o McDonald’s estão na onda de preservação dos oceanos.
No entanto, foi divulgado um estudo no qual especialistas alertam que as bitucas de cigarro poluem mais os oceanos do que o plástico. O cigarro é um poluidor ainda pior que flutua nas águas, danificando habitats e envenenando peixes, de acordo com informações dos especialistas ambientais.
As bitucas de cigarro foram apontadas por esses especialistas como a maior fonte de poluição dos oceanos, maior até do que o próprio canudo de plástico que é a grande preocupação atual. O cigarro contém pequenas partículas de plástico que de acordo com os especialistas demoram décadas ou mais que isso para se decompor.
Os especialistas acreditam que a mesma atenção que os canudos de plásticos estão ganhando os filtros de cigarro também deveriam receber visto que são potencialmente danosos ao meio ambiente. Atualmente, não existe nenhuma regulamentação para o descarte correto das bitucas, o que faria com que um número enorme do produto atingisse os mares e oceanos.
Os resíduos de produtos do tabaco também contêm mais de 7.000 substâncias químicas tóxicas, incluindo carcinogênicos humanos conhecidos, que penetram e se acumulam no meio ambiente, afirmou a OMS.
“Esse lixo tóxico acaba nas nossas ruas, nos nossos esgotos e nas nossas águas. Pesquisas mostraram que substâncias químicas nocivas lixiviadas de bitucas descartadas, que incluem nicotina, arsênico e metais pesados, podem ser altamente tóxicas para organismos aquáticos”, diz o relatório.
“Já está bem claro que os filtros não trazem nenhum benefício à saúde. Eles são apenas uma ferramenta de marketing e facilitam que as pessoas fumem”, explicou Thomas Novotny, professor de saúde pública da Universidade de San Diego à rede NBC.