A África sofre com as tragédias e os desastres naturais. Uma série de episódios desastrosos vem tomando conta do continente nas últimas semanas. Caiu avião comercial matando 159 pessoas; escola desabou ceifando a vida de crianças e, agora, um ciclone acaba de arrasar alguns países africanos.
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Segundo as agências de notícias locais, quase 15 mil pessoas precisam ser resgatadas rapidamente nas zonas inundadas de Moçambique depois da passagem do ciclone Idai. Quem informou nesta quinta-feira (21) foi o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia.
As estimativas oficiais apontam que o ciclone deixou mais de 300 mortos em Moçambique e Zimbábue, mas a expectativa das autoridades é de que esse número aumente. “Quase 15 mil pessoas que não estão bem. Estão vivas (…) mas devemos socorrê-las, retirá-las da região”, afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Ainda na quarta-feira, Celso Correia avaliava que uma área de 100 km de extensão seguia totalmente inundada. Na quinta-feira (14), o ciclone Idai arrasou a cidade portuária de Beira, a segunda maior de Moçambique, com ventos de mais de 177 km/h, seguidos de chuvas torrenciais. Várias localidades ficaram inundadas. Depois, o ciclone seguiu para os países vizinhos Zimbábue e Malawi.
O fenômeno natural já está sendo considerado a pior tempestade tropical a atingir a região nas últimas décadas. Também pode ser uma das piores a ter atingido o sudeste do hemisfério sul, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Pessoas abandonadas à própria sorte
De acordo com as organizações não governamentais que estão atuando na área, as vítimas do ciclone esperam desesperadamente por ajuda nos telhados das casas ou em árvores. Mais de 200 mortes foram confirmadas no país, mas o presidente Filipe Nyusi teme que o número de vítimas passe de mil.
No vizinho Zimbábue, foram registradas 100 mortes, porém, as autoridades do país acreditam que esse número pode chegar a 300.
Pelo menos uma boa notícia: Nesta quarta-feira (20), a ONU aprovou ajuda de US$ 20 milhões – cerca de R$ 75 milhões – para ajudar as vítimas do Idai. A União Europeia também anunciou apoio de 3,5 milhões de Euros, equivalentes a R$ 15 mi, para os três países afetados pelo ciclone. Mas ainda é pouco.
Outra boa notícia é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou envio de ajuda médica ao Moçambique, ao Zimbábue e ao Malaui. Segundo funcionários do órgão, o carregamento é suficiente para ajudar 10 mil pessoas durante três meses, inclusive para pacientes em estado grave.
Apesar da ajuda internacional e do empenho da ONU, ainda é pouco diante dos prejuízos e da falta de apoio para resgatar as pessoas ilhadas pelas águas. Oremos pela África!
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