O desespero ao verem os filhos sem atendimento médico foi misturado ao sentimento de revolta entre os pais num hospital público do distrito federal. Resultado: uma grande confusão que resultou em quebra-quebra na unidade de saúde.
Segundo o que apurou a imprensa local e que pode ser visto no vídeo abaixo, vários pais e mães esperavam atendimento para as crianças na pediatria do hospital público de Santa Maria, no Distrito Federal. Eles se revoltaram, destruíram cadeiras e jogaram bancos ao chão.
*Confira o vídeo ao final da matéria.
O lamentável episódio aconteceu na noite do último sábado (30). As imagens, gravadas por um popular, mostram a bagunça. A Polícia Militar acabou sendo acionada para conter os ânimos dos pais exaltados.
De acordo com a PM, quatro pessoas foram encaminhadas para delegacia. No salão de espera do Hospital, onde algumas crianças aguardavam atendimento desde a manhã, vários pais desistiram de esperar e foram embora.
“Ninguém resolve nada. Ninguém sabe falar nada. A população se revoltou e virou os bancos”, relatou uma mãe. “Se for olhar no quadro, são 30 minutos de espera”, apontou um pai que estava muito desapontado.
Em relação a confusão, o Hospital Regional de Santa Maria lançou uma nota afirmando que dois vigilantes e um funcionário foram agredidos e que o episódio está passando por uma apuração interna. A direção revelou que o problema aconteceu por causa da “sobrecarga de pacientes”. Afirmou que naquele dia três pediatras atendiam pela manhã, quatro à tarde e dois no período noturno.
Neste domingo (31), uma equipe de policiais civis foi ao hospital para realizar perícia. No salão de espera já não havia mais sinal da bagunça. As cadeiras e bancos tinham sido arrumados. Entretanto, por volta do meio-dia não havia nenhum funcionário atendendo nos guichês da emergência de pediatria.
De acordo com a mãe Shayene de Paiva, que se dirigiu ao hospital com a filhinha Alice, de 3 meses, ouviu dos funcionários que só as crianças com pulseira vermelha seriam atendidas. A bebê estava com peito chiando. Ela recebeu pulseira laranja, a segunda classificação de risco considerada mais grave.
Em relação a falta de atendimento no domingo, a Secretaria de Saúde disse que três clínicos e três pediatras estavam trabalhando de plantão naquele dia. Por causa da “grande demanda”, o atendimento estava restrito aos casos considerados graves.
Confira o vídeo abaixo: