Um ex? Alguma esposa traída? Uma inimiga? Afinal, quem enviou a bomba para a cabeleireira?

Um episódio inusitado e fora dos padrões normais das ocorrências policiais locais movimentou o Centro de Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados na manhã do último sábado para neutralizarem um suposto artefato explosivo que foi deixado num Salão de Beleza, localizado na rua Joaquim Murtinho.

De acordo com informações da Polícia Militar, na manhã do último sábado alguém foi até o salão e deixou um pacote com o administrador do estabelecimento comercial. Na encomenda havia colado um cartão direcionado à cabeleireira Gabriele Campos Castro.

O pacote foi entregue por volta das 11h, mas como a profissional estava muito ocupada naquele momento, pediu ao gerente que guardasse a encomenda que ela olharia mais tarde. Somente às 14h é que Gabriele desocupou para ir almoçar e resolveu ir ver o pacote.

Primeiro, ela viu um guardanapo embalado com uma planta artificial. Entretanto, quando a cabeleireira abriu o pacote teve uma surpresa assustadora: envolto em sacos plásticos haviam duas bananas de dinamites com um detonador. Desesperada, a mulher jogou o pacote em frente do Salão e ligou imediatamente para a Polícia Militar.

“Era uma sacola de uma loja de cosméticos e estava grampeada. Achei que fosse um presente de algum admirador. Desembrulhei e era o [suposto] artefato. Assustei, tirei de perto das pessoas e coloquei na frente do salão”, disse a cabeleireira a um canal de TV local.

De acordo com as afirmações de Gabriele, afirma categoricamente que não possui inimizades ou ter recebido qualquer tipo de ameaça. Outras colegas de trabalho, inclusive uma que está esperando bebê, também estavam no estabelecimento no momento em que o pacote foi aberto.

A equipe de policiais do 1º Batalhão da PM chegou à rua Joaquim Murtinho e isolou a região. Em seguida, acionaram o Bope, que tem um esquadrão antibomba, que retirou o material em segurança. O trânsito na rua ficou interditado por duas horas enquanto a operação foi feita pelo Bope.

Segundo o tenente do 1º Batalhão, Yuri Gustavo Zenkner, disse que até o momento não há nenhum suspeito que poderia ter deixado o embrulho no local. “O material chegou às 11h e foi aberto às 14h. Seria um artefato explosivo, simulando ser uma bomba. O material será analisado e a Polícia Civil investigará”, comentou o militar.

Nos bastidores, as pessoas comentavam sobre o episódio e faziam entre si a pergunta inevitável: quem enviou a bomba de mentirinha para a cabeleireira? Alguns arriscaram a soltar pitacos. Teria sido um ex, uma esposa traída ou até uma inimiga da mulher.