O massacre na Escola Estadual Raul Brasil, acontecido na semana passada, deixou toda população brasileira assustada com a tragédia, da qual dez pessoas perderam suas vidas, incluindo os dois atiradores que promoveram o ataque.
Passado uma semana do ataque, alunos de outras escolas de Suzano e também de outras cidades, continuam a prestar homenagens para as vítimas. Como forma de homenagem, escreveram cartazes com mensagens de apoio, algumas pessoas cantam no local, outras distribuem flores e também abraços solidários.
A rotina da escola foi retomada nesta segunda-feira, 18. Desde o massacre, os funcionários e alunos do colégio, assim como, seus familiares, passaram a receber apoio através de atendimentos especializados, eles se reuniram para conversar e realizar atividades esportivas e artísticas.
Nesta quarta-feira, 20, pela manhã, pessoas de vários lugares se reuniram para prestar homenagens às vítimas, o movimento foi organizado pela Secretária Estadual da Educação e aconteceu na quadra de esportes do colégio.
A cerimônia contou com a presença de líderes religiosos, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva e também, do prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi.
Após a realização da cerimônia, foi realizado por professores, alunos, funcionários, familiares das vítimas e por pessoas voluntárias, um abraço coletivo em volta do colégio, que terminou com sons de aplausos. Os muros foram preenchidos por mensagens e inúmeras flores.
Como solidariedade neste momento de dor, a empresária Hérica Suzart, viajou cerca de 50 quilômetros para participar da homenagem realizada durante esta manhã. Hérica levou para a cerimônia 300 botões de rosas que foram distribuídos seguidos de abraços.
“Vim para prestar solidariedade e para dar um abraço, passar que ainda existe esperança. Já era para eu ter vindo antes, porque distância não é problema”, disse a empresária.
Cerca de trinta estudantes, da cidade de Poá, também estiveram presentes, uma das alunas, Maria Alice Costa Santos, 15 anos, prestou sua homenagem e solidariedade, louvando na rua do colégio, Maria Alice não conhecia nenhuma das vítimas do ataque.
“Nós somos todos irmãos. Nós sentimos a dor do outro. É muito forte para nós, porque nós viemos aqui em solidariedade, sentir a presença de todos que estavam aqui”, disse a jovem, que entre lágrimas, disse acreditar que as vítimas tinham uma importante missão a ser passada para todos os que aqui ficaram.
“Eles nos deram uma lição, que é aproveitar o hoje com quem a gente ama. Deixar o orgulho de lado, as mágoas de lado, para nós sentirmos o amor que é estar um com outro”, concluiu.
Uma outra estudante de Poá, também esteve prestando sua homenagem as vítimas, Jatyxaiane da Silva, 17 anos, amiga de um dos jovens que perdeu a vida em um ato de coragem, Douglas Murilo Celestino, 16 anos, que após conseguir sair do colégio durante aqueles momentos de desespero, voltou para ajudar a namorada, Adna Bezerra, 16 anos, a adolescente conseguiu sobreviver, mas continua internada.
“É bem pesado, você fica abatido. Queria conversar com eles pra saber se estavam bem. A gente se coloca no lugar do outro. Por isso, nos organizamos de vir aqui hoje e fazer mais essa homenagem para eles”, disse a adolescente.