Talita Cristina Oliveira, de apenas 15 anos de idade, é uma das vítimas da catástrofe de Brumadinho, onde uma barragem da Vale rompeu e destruiu completamente o Córrego do Feijão na cidade localizada na Região Metropolitana de Minas Gerais, na trágica sexta-feira, 25 de janeiro de 2019.
Hospitalizada há 60 dias, a adolescente tenta se recuperar da fratura de uma das pernas e das fraturas múltiplas na bacia, no hospital em Betim, na região metropolitana, para onde foi transferida após passar semanas internada no Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.
A lama que passou pelo local arrastando tudo com muita sujeira de metais pesados, deixando vários mortos e desaparecidos, também levou junto Laís Gabriele de Souza Soares, de 14 anos, sobrinha de Talita, que está listada entre as vítimas de Brumadinho.
No momento que houve o rompimento da Vale, Laís estava em sua casa, junto com sua mãe, Alessandra de Souza, de 43 anos de idade e sua tia Talita Cristina. Alessandra ouviu o barulho da onda de lama se aproximando e gritou para que elas corressem.
Cada uma foi para um lado, Laís foi encontrada sem vida e Talita foi resgatada do meio da lama, isso foi transmitido ao vivo para todo o Brasil pela Record TV. A jovem foi retirada do meio da lama e colocada no helicóptero do Corpo de Bombeiro.
Talita havia chegado a Brumadinho apenas quatro dias antes da tragédia acontecer. A jovem morava em Várzea de Palma, norte de Minas, e mudou-se para a casa da irmã após o falecimento de sua mãe. Alessandra e Talita são como mãe e filha, a diferença de idade entre elas é de quase 30 anos.
Além de todo sofrimento por parte das vítimas e seus familiares, ainda temos a notificação emitida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que publicou um estudo onde se conclui que a população afetada pelo rompimento da barragem de Brumadinho corre um sério risco de apresentar doenças infecciosas como, por exemplo: dengue, febre amarela, esquistossomose, leptospirose. Além dessas doenças, pode haver complicações ou o agravamento de doenças do trato respiratório como alergias, bronquites, asma ou até mesmo, problemas de hipertensão e transtornos mentais como depressão e ansiedade.