A história emocionante e inspiradora do pai que adotou bebê rejeitada por 20 famílias

A história de Luca Trapanese é uma das que alegram nossa alma.

Compartilhar histórias de amor, compaixão, ternura e gentilezas é algo que faz nossos corações transbordarem em alegria e inspiração.

A história de Luca Trapanese é uma dessas que alegram nossa alma e nos inspiram a sermos pessoas melhores e também nos permite acreditar que existem pessoas boas no mundo.

Luca é um homem solteiro e homossexual, de 41 anos, que adotou uma criança para ser sua filha. A criança acolhida por Luca é Alba, uma menina que mesmo sendo encantadora, foi rejeitada por mais de 20 famílias, até que o encontro de almas veio a acontecer.

Alba tem Síndrome de Down, e foi adotada por Luca em julho de 2017. A experiência de Luca como pai foi escrita em um livro que ganhou o título de ‘Nata per te’, em tradução ‘Nascida para você’, o livro foi publicado em novembro.

Esta realmente é uma história emocionante e inspiradora. Luca já trazia consigo o desejo de adotar uma criança que necessitasse de cuidados especiais. Essa vontade nasceu de sua experiência de vida, de um relacionamento de amizade que Luca tinha.

Em entrevista à rádio britânica BBC, Luca deu um depoimento emocionante e revelou que, com seus 14 anos de idade, soube que seu melhor amigo tinha um câncer e estava em fase terminal. Diante da notícia, ele não quis mais se separar do amigo e o acompanhou durante seu tratamento, esteve presente nos hospitais, ele permaneceu ao lado do seu melhor amigo até o fim de sua luta.

Essa experiência despertou em Luca o verdadeiro sentido do que seria viver com uma doença. Diante deste choque de realidade que Luca viveu, ele decidiu que iria ajudar pessoas com deficiências e enfermas, e se tornou voluntário em uma igreja em Nápoles, local onde mora.

Seu desejo em ajudar o próximo e as pessoas necessitadas era muito grande, foi então que ele decidiu que seria um padre. Ele entrou para o seminário e saiu dois anos depois, quando se viu apaixonado por um homem com quem manteve um relacionamento por 11 anos, e juntos criaram uma ONG de caridade a pessoas portadoras de necessidades especiais.

Uma das surpresas de sua vida, junto a sua organização, foi ganhar um irmão. Luca conheceu uma senhora, chamada Florinda, e seu filho Francesco, dois anos mais novo do que ele. Francesco tem uma deficiência intelectual, mas isto não os impediu de serem amigos e até mais do que amigos, irmãos.

Florinda tinha medo de morrer e deixar seu filho desamparado, visto que eles não tinham outros parentes que pudessem cuidar de Francesco com tanto carinho e dedicação, diante disto, ela propôs a Luca adotá-lo para que ele se tornasse irmão de Francesco, e, consequentemente se tornasse sua família. Os pais biológicos de Luca entenderam esta necessidade e permitiram que a adoção acontecesse, e foi assim que eles se tornaram irmãos.

Luca sempre teve o desejo de adotar uma criança e constituir sua própria família. Tudo se tornou um pouco mais difícil quando seu relacionamento chegou ao fim, na Itália, homens solteiros não podiam adotar, isso mudou e em 2017, Luca conseguiu se candidatar a adotante.

Luca queria uma criança com deficiência ou com alguma doença crítica, e como condição imposta a ele, só lhe apresentariam uma criança nestas condições em caso de rejeição de famílias comuns.

Em Julho de 2017, Luca recebeu um telefonema e havia uma criança a sua espera. Era Alba, com apenas 13 dias de vida. A menina havia sido abandonada pela mãe e rejeitada por mais de 20 famílias.

“Foi difícil conter minha alegria. Eu disse sim na mesma hora.

Corri para o hospital para buscá-la. Ela estava em um bercinho pequeno, sozinha.

Quando a segurei em meus braços, me enchi de alegria. Senti nesse instante que ela era minha filha. Que eu estava pronto para ser o pai dela”.

Luca revelou que Alba é uma garotinha de personalidade forte e muito teimosa, que gosta de brincar e dançar.

“Alba revolucionou completamente a minha vida. Agora tudo gira em torno dela.

Ela me trouxe felicidade e uma sensação de plenitude.

Tenho orgulho de ser o pai dela. Ela nunca foi minha segunda opção. Eu a quis de verdade.

Agora vejo um futuro em que passarei o resto da vida com uma garota que amo e nós faremos várias coisas maravilhosas juntos.

Nossa história destrói muitos estereótipos sobre a paternidade, a religião e a família. Não foi intencional. É simplesmente a nossa história”.