De acordo com a jornalista Mônica Bergano da Folha de S. Paulo, foi exigido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que o Estado brasileiro zele pela vida do parlamentar Jean Wyllys (PSol). Foi concedida medidas cautelares ao deputado federal, com alegação de risco de morte.
Conhecido por suas declarações polêmicas, Jean Wyllys se sente em perigo e pediu ajuda para Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em outubro, o deputado solicitou a medida cautelar alegando que vem sofrendo ameaças de morte. Segundo Jean, ele já fez várias denúncias à Polícia Federal pelo mesmo motivo.
A CIDH, entendeu então, que o parlamentar está em situação grave, correndo risco de vida e concedeu a medida: “posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco”. Afirmou a Comissão.
No início do mês de novembro o parlamentar já havia relatado que sofria ameças dos apoiadores do presidente eleito Jair Bolsonaro. O deputado sempre fez oposição à candidatura de Jair Bolsonaro, fazendo declarações polêmicas durante toda campanha eleitoral o que segundo ele, gerou raiva nos apoiadores de Bolsonaro. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar já havia denunciado outras abordagens feitas por telefone e por e-mail. Em entrevista ao jornal Extra, o parlamentar relatou temer pela sua integridade física:
“Estou praticamente em cárcere privado pelas medidas de segurança que fui obrigado a respeitar. Logo, no momento, estou preocupado em me manter vivo, em cuidar da minha saúde que está abalada pelo volume de mentiras e ameaças contra mim. Estou preocupado em sobreviver, em recobrar as forças num país que elegeu o fascismo”, explicou.
“A campanha de fake news montada pelos inimigos da democracia que agora chegam ao poder (sobretudo a mentira do inexistente “kit gay”) me transformou num pária para os eleitores desse maldito, que invadem diariamente minhas redes com dezenas de milhares de xingamentos e ameaças, e colocou minha vida em risco em quase todos os lugares do Brasil”, contou Wyllys.
Foi entendido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos que as medidas que já haviam sido tomadas não eram suficientes, como o carro blindado cedido à Jean Wyllys, mas que teria que ser pago pelo parlamentar.