Corpo de trabalhador terceirizado que esperava o primeiro filho é liberado pelo IML em BH

Daniel teria ido trabalhar na mineradora de forma terceirizada, esperava o primeiro filho quando a tragédia tirou sua vida.

Daniel Muniz Veloso, homem de 29 anos de idade, teve o seu corpo liberado do Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, durante a tarde deste último domingo, dia 27 de janeiro.

Muniz estava trabalhando para uma empresa que era terceirizada e prestava serviços para a Vale. Sua mulher, que está grávida de oito meses, do primeiro filho do casal, não se conformou com a morte do marido e a irmã do terceirizado desabafou.

Deiviane Muniz Veloso declarou que ‘eles’ teriam levado seu amado irmão com vida, inteiro e cheio de saúde para dentro da mina, e o devolveram sem brilho nos olhos, morto. O homem de 29 anos, natural de Coração de Jesus, cidade que cresceu e passou a maior parte de sua vida, no Norte de Minas, será sepultado em sua cidade natal.

A irmã deixou claro que espera mais fiscalizações de agora em diante, que a mineradora arruinou a família de seu sobrinho antes mesmo da criança nascer e ver o mundo. As informações são de que mais de 30 pessoas morreram depois que a barreira do Feijão se rompeu.

A barreira pertence a Vale e fica em Brumadinho, Região Metropolitana da cidade de Belo Horizonte. Após as tristes notícias, pessoas de todos os cantos do Brasil se comoveram com o que os moradores de Brumadinho estavam passando e muitas foram até o local para ajudar, apoiar e oferecer comida.

Muitos brigadistas estão auxiliando as equipes de bombeiros por riscos nos resgates. Até o momento cerca de 300 pessoas ainda estão desaparecidas entre os escombros e a lama. A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou uma nota oficial oferecendo ajuda ao Brasil.

A tragédia ganhou repercussão nacional, mundial e viralizou nas redes sociais. Milhões de pessoas comentaram o que aconteceu na web e lamentaram a perda das pessoas e principalmente as mortes.

Muitos moradores que sobreviveram ficaram sem nada, a lama devastou tudo o que tinha pela frente e não perdoou nada, nenhuma casa ficou de pé. O Cruzeiro, time popular do estado de Minas Gerais, se comprometeu a doar 50 mil reais para ajudar nos prejuízos.