Ela teve câncer na gravidez e disse não ao aborto; “Eu tive câncer, mas ele nunca teve a mim”

Uma história que comove o coração de quem é mãe.

A jovem Ana Beatriz, de Curitiba, estava na sua segunda gravidez, na primeira nasceu o pequeno Daniel, seu sonho de ter uma menina estava próximo, porém, uma notícia abalou a família, após os primeiros exames de pré-natal, ela teve diagnóstico de câncer. Ficando diante de uma decisão difícil para muitos, ela foi chamada pelo médico, que sugeriu um aborto.

Sem hesitar, ela disse não, e diante do que os médicos explicaram, ela assinou o termo de responsabilidade diante da gravidade, e aceitou  fazer o tratamento contra o câncer e seguir adiante com a gravidez, aos 32 anos de idade, Bia foi bem decidida e cheia de fé.

“Junto com a Louise, Deus mandou força para o que viria”em outras palavras, ela dizia que confiava em Deus, se Ele mandou a filha para realizar seu sonho, também lhe daria condições de tê-la e criá-la.

O seu primeiro filho era menor de 1 ano, portanto, ela parou de amamentar. “Fiquei preocupada, apalpei o seio para ver se havia leite empedrado e senti uma bolinha”, diz. Dias após ela fez uma ecografia, e biopsia, o câncer foi confirmado. “Se eu não estivesse grávida, não teria descoberto a tempo e quando percebesse já estaria em metástase”, disse.

Bia justifica sua decisão: “Eu acredito na vida e no amor. Jamais ia sacrificar ela para me salvar”, conta. “Eu não tinha direito algum de fazer isso. Ou a gente viveria junto ou morreria junto. Eu lutei por nós duas e sobrevivemos”, revela.

A gestante procurou outro médico para a acompanhar, pois o seu não aceitou sua decisão, depois da quimioterapia, ela fez a cirurgia e seguiu a gravidez. “Tirei completamente a mama, os músculos, nervos e esvaziei axila. Não tomei remédios fortes, mas estava consciente disso”, relataE continua dizendo: “Eu sabia que lutava por nós duas e que precisava ficar bem para a quimioterapia não afetar minha bebê”, reconhece.

Ana Beatriz fala que nem todos os dias ela foi forte, mas quando se sentia fraca, pedia forças a Deus e seguia. “Tenho grande fé em Deus e sei que minha vida e a da Louise têm um propósito”, pondera e agradece por ter dado tudo certo, hoje a família está bem, ela se recuperou e sua bebê já está com seis meses de vida. “Eu tive câncer, mas ele nunca teve a mim”, comemora.