Equipamentos trazidos de Israel não servem para buscas em Brumadinho; afirma Tenente

Os equipamentos trazidos de Israel “não são para esse tipo de desastre”, disse o comandante e tenente-coronel Eduardo Ângelo.

Nesta segunda-feira dia 28 de janeiro, os militares vindos de Israel se uniram as equipes de regates que já estavam em campo na busca por desaparecidos e vitimas da barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Logo nas primeiras horas do dia os soldados israelitas se concentraram no vale de lama perto do local onde houve o rompimento da barragem, estourando tudo e devastando aquele lugar com o rio de lama. Nisso eles montaram os equipamentos próximo do refeitório, que por sinal estava cheio de funcionários quando o pior aconteceu.

Um dos muitos equipamentos que eles trouxeram é capaz de detectar pessoas vivas a 30 metros de profundidade, depois disso os militares se colocaram a trabalhar com o mesmo objetivo que os bombeiros e socorristas brasileiros, ao final da tarde, pararam para avaliar o que já haviam feito até então.

De acordo com o parecer da Corporação do Corpo de Bombeiros os equipamentos que eles trouxeram e foram testados nesta segunda- feira não servem para o caso de Brumadinho e outros equipamentos terão que ser adaptados.

O tenentePedro Aihara, do Corpo de Bombeiros disse em entrevista coletiva que;” Lá em Israel, por exemplo, a realidade que eles trabalham é com uma topografia estabelecida, geralmente em situação de ataque a bombas ou desmoronamentos. Então, a gente consegue a atuação dos sonares, desses radares, em uma superfície lisa, os equipamentos conseguem deslocar. Já aqui na realidade mineira, a gente tem uma situação com muita lama, que nem sempre permite o lançamento desses equipamentos para deslocamento nessa lama. Por isso, a gente está vendo qual é a melhor forma de utilizar”, explicou.

O coronel Eduardo Ângelo Gomes da Silva disse que.“Eles têm um ferramental, um equipamento muito moderno. No entanto, nesse tipo de cenário, eles são pouco efetivos. Um exemplo que a gente pode dar, é o “imargeador” térmico que ele consegue captar corpos de pessoas vivas até 30 metros de profundidade. Mas, como, pela diferença de temperatura, como o cenário que nós temos é o cenário de lama, os corpos que a gente encontra, eles estão em temperatura homogênea com o ambiente. São corpos frios. Então, o “imagiador” entende que não há nada de diferente, apesar de ter um corpo no local”, confirmou o comandante Silva.