“Eu tenho medo de morrer”, Assim começa a cartinha do menino de apenas 10 anos de idade, onde tudo o que ele deseja é viver. Isso comoveu os colegas, a professora e a direção da escola, todos os alunos fizeram uma cartinha para Papai Noel, tiveram pedidos de toda espécie, bicicletas, bonecas, carrinhos, celulares, patins, tênis com luz, mas para um dos alunos o que ele mais queria era poder continuar vivendo.
Há quase quatro anos a escola vem fazendo essa dinâmica, junta os alunos em um dia especial e os incentiva a escrever uma cartinha para o Papai Noel, e assim fazem, em sua grande maioria os pedidos são simples, são brinquedos em quase 100% das cartas que os alunos escrevem, mas esse ano teve um pedido que mexeu com todos, a professora ficou estasiada, não conseguiu conter as lágrimas, ao ler a carta do pequeno Gabriel.
Gabriel Martinelle da Rosa, é estudante da escola Pedro II, em Blumenau, Santa Catarina, aluno dedicado, esforçado, não falta as aulas, mesmo com sua condição física, as vezes fraco por conta da doenças e das medicações. Gabriel foi diagnosticado com câncer, ao descobrir um tumor na cabeça, o tumor estava localizado atras dos olhos, por isso Gabriel estava com a visão já comprometida, o garotinho é forte e valente, já passou por várias sessões de quimioterapia, agora está fazendo radioterapia e precisa de uma vacina que custa 110 mil reais.
Com essa vacina haveria uma possibilidade de estabilizar o tumor, em um trecho da carta ele pede: “Querido Papai Noel. Oi, meu nome é Gabriel Martinelle da Rosa. Eu queria ganhar uma vacina. Eu tenho câncer. Eu tenho medo de morrer, sei que é muito ruim”, escreveu. A carta chegou nas mãos do diretor do colégio, Eduardo Fortunato ficou a pensar no que poderia ser feito, pediu orientação a Deus, pois quão difícil é ler a carta onde uma criança de 10 anos pede para viver, ele lia, relia, chorava e se emocionava, então resolveu fazer uma campanha na internet em nome da escola, para arrecadar o valor da injeção.
“A vacina vai estabilizar o tumor. Com o tempo, o médico falou que pode até sumir, porque ele vai estar reagindo”, contou Viviane Martinelle, mãe de Gabriel. A Secretaria de Estado da saúde emitiu nota informando que essa medicação costuma ser disponibilizada em clinicas de oncologia conveniadas pelo SUS, mas que nesse caso, o hospital informou que não tem a vacina, em virtude de não ter sido repassada pelo SUS.