Funcionária ficou frente a frente com o atirador e disse que foi poupada porque tinha com ele “uma relação de carinho”

Mulher afirmou que Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, tinha problemas psicológicos.

O ataque na Escola Estadual Professor Raul Brasil causou uma comoção enorme em todo país que assistiu estarrecido as cenas da tragédia que fez muitas vítimas e deixou feridos, no entanto, um fato chamou atenção, enquanto os alunos corriam pelos quarteirões procurando locais para se abrigar, uma mulher encostada em um dos muros perto da esquina do colégio chorava sem parar.

Ela ficou frente a frente com um dos atiradores, a mulher estava tão abalada emocionalmente que levou a mão na boca para tentar conter o choro de tristeza que saia de dentro do seu coração.

Ela não se identifica, mas era uma das funcionárias da escola e estava dentro do colégio no momento do ataque na última quarta-feira (13), em Suzano. A funcionária conta para um amigo que ficou frente a frente com atirador mais novo, Guilherme Tacci Monteiro, de 17 anos, e ele a deixou viver, ele a poupou por ter um carinho especial com ela.

A mulher não conseguia conter as lágrimas, chorava sem parar, ela é funcionária da sala de leitura da escola e não quis dizer seu nome.

Ela contou que Guilherme era um ex-aluno da escola e que o jovem teria vários problemas psicológicos, mas não deu muitos detalhes sobre isso, vizinhos da escola também falaram que a mãe de Guilherme era usuário de drogas e ele vivia com seu avô, uma das alunas que também se escondeu na cozinha da escola, contou que o jovem teria se vingado porque constantemente ele era vítima de bullying.

Os corpos das vítimas estão sendo velados nesta quinta-feira no ginásio de Esportes Arena Suzano, o velório coletivo de seis pessoas mortas no massacre causou uma grande comoção na cidade, milhares de pessoas foram se despedir dos alunos e funcionários.

O governador decretou luto de 3 dias. As famílias estão abaladas, pois o momento do sepultamento se aproxima a hora terrível em que eles dirão o adeus aos seus filhos e parentes para sempre. O país chora a dor dessas famílias.

As vítimas do crime cometido por dois jovens, Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, eram cinco alunos, duas funcionárias e um comerciante, além dos próprios autores do massacre.