Nessa quarta-feira (13) faleceu uma das divas dos musicais brasileiros, aos 96 anos, Bibi Ferreira, que era apresentadora, diretora e compositora e considerada um dos maiores fenômenos artísticos do país.
De acordo com informações repassadas pela filha de Bibi, Tina Ferreira, a mãe estava em seu apartamento que fica na Zona Sul do Rio de Janeiro, ela estava acompanhada por uma enfermeira e teria pedido um copo com água assim que acordou, a enfermeira, no entanto, percebeu que os batimentos cardíacos de Bibi não estavam normais, estavam muito abaixo e chamou um médico imediatamente.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o local do velório, porém, o corpo de Bibi Ferreira deverá ser cremado. Bibi nasceu em 1º de julho de 1922. Filha de um dos maiores nomes das artes cênicas do Brasil, o ator Procópio Ferreira (1989-1979), e da bailarina espanhola Aída Izquierdo. Bibi, apelido que ganhou ainda na infância, estreou nos palcos com pouco mais de 20 anos de idade.
Bibi trabalhou nos palcos apresentando, também atuou em filmes, foi apresentadora de programas de TV, gravou discos e esteve a frente na direção de shows, era mesmo uma artista multimídia e de grande talento, porém sua paixão maior era o teatro, o qual ela nunca abandonou.
Ainda na década de 1960, Bibi estrelou os dois dos musicais mais marcantes de sua carreira. O primeiro foi “Minha querida dama” (My fair lady), de Frederich Loewe e Alan Jay Lerner, adaptação de “Pigmaleão”, de George Bernard Shaw, ao lado de Paulo Autran e Jayme Costa.
O outro foi “Alô, Dolly!” (Hello, Dolly!), versão da obra “The matcmaker”, de Thornton Wilder, com Hilton Prado e Lísia Demoro. Sobre seu afastamento da vida nos palcos e apresentações, ela disse que nunca havia pensado em parar e que foi muito feliz em toda a sua carreira, realizando grandes feitos e que teria muito orgulho de todo o seu trabalho. Com um comunicado nas redes sociais, Bibi se afastou da vida artística no dia 10 de setembro do ano de 2018, encerrando sua gloriosa carreira e vindo a falecer poucos meses depois de seu afastamento.
“Nunca pensei em parar. Essa palavra nunca fez parte do meu vocabulário, mas entender a vida é ser inteligente. Fui muito feliz com minha carreira. Me orgulho muito de tudo que fiz. Obrigada a todos que de alguma forma estiveram comigo, a todos a que me assistiram, a todos que me acompanharam por anos e anos. Muito obrigada! Bibi”.