Mãe se irrita com festa da escola: ‘Ninguém merece ouvir 20 crianças desafinadas’

A empresária revelou ainda não aturar mais os presentes sexistas distribuídos pelas instituições de ensino em datas comemorativas.

As datas comemorativas, como Dia das Mães e Dia dos Pais, há algum tempo vêm surgindo como tópico de discussões entre os pais de alunos e instituições de ensino. O motivo, é que as opiniões se divergem, ficando de um lado os que apoiam a comemoração nas escolas e do outro os que são contra.

Para algumas pessoas essas datas comemorativas, trazem a lembrança a infância, como exemplo as mães, se sentem homenageadas ao assistirem à apresentação dos filhos e logo lembram quando se apresentavam para suas mães. No entanto, outras pessoas consideram o fato de que algumas crianças não têm mais as suas mães, são criadas por parentes próximos e no final podem se deprimir com a comemoração, ficando com tristeza profunda. Além destes dois motivos, algumas famílias são constituídas por dois pais ou duas mães, o que poderia constranger ou causar desconforto com a comemoração para algumas pessoas.

Levando em conta estes fatores, algumas instituições de ensino adotaram o Dia da Família, neste dia a festa é para celebrar aqueles que são importantes presenças na vida da criança, sendo avós, mães, pais, tios e quem mais se encaixar. Embora a maioria das escolas já prefira seguir este tema de comemoração, algumas ainda celebram as datas comemorativas separadas, assim como é na escola onde Catarina estuda.

Catarina tem 8 anos, o Dia das Mães, é comemorado na escola onde ela estuda, porém, isto é algo que não agrada em nada a sua própria mãe, a empresária Ayla Meireles, 36 anos. A mãe da menina se desagrada com a comemoração e para ela isto chega a ser arcaico. “As escolas precisam revisar esse modelo jurássico!”.

Ayla usou seu perfil de uma rede social para desabafar sobre o assunto, mas, seu pensamento acabou gerando polêmica.

“Bom dia, meu nome é Ayla M.A. Bastida, sou mãe da Catarina M.A. Bastida, de 8 anos, e eu não fui à comemoração de Dia das Mães da escola porque eu sempre achei um porre e agora que a minha filha é madura o suficiente (muito mais que eu) e como ela está cada dia mais parecida comigo, ela tem total condições de concordar comigo que NINGUÉM merece acordar cedo no sábado para ouvir 20 crianças desafinadas cantando a contra gosto e no fim de tudo ganhar um LÁPIS, que pode ser plantado depois. Ela cantou lindamente a música só pra mim e vamos fazer algo divertido em família, nosso programa favorito!  Maternidade, pra mim, tem a ver com sinceridade EXTREMA e sacrifícios apenas quando EXTREMAMENTE necessário. Liberte-se das culpas que alguém disse que você tem que carregar só porque você é mãe e seja feliz, assim como eu!”, escreveu Ayla.

Em pouco tempo, o textão de Ayla, foi ganhando inúmeros comentários, algumas pessoas adoraram e prestaram apoio ao seu ponto de vista, outras, afirmaram que gostam da comemoração.

“Que este post seja alcançado por Mil Milhões de mães que acham que precisam provar perfeição maternal perante a sociedade, e que com isso deixam de viver momentos únicos, íntimos e felizes com seus filhotes”, escreveu uma mãe. “Acho que eu deveria ter lido este texto há 25 anos. Teríamos nos poupado”, desejou outra. Outra ainda afirmou não gostar da comemoração, porque algumas mães não podem ir e as crianças acabam se entristecendo. E teve mãe favorável a comemoração, afirmou que não “vê a hora para participar destas comemorações.”

Na escola, a empresária foi questionada por uma das mães que viu sua postagem, ela queria saber se Ayla não tinha medo de ferir os sentimentos de sua filha, que imediatamente respondeu: “Conversei com ela, expliquei meus motivos, não queria uma homenagem no atacado, mecânica e sem verdade, queria ela, minha filha, falando e cantando pra mim, quando e se ela quisesse, falando o que ela pensa e sente a respeito de mim e da nossa relação. Ela entendeu e concordou, na verdade disse que eu nem deveria ter ido outros anos porque eu nunca a obriguei a ir em lugares que ela não queria ir, então nem deveria ter me obrigado. Não tem como eu explicar para ela que o que ela sente é importante e que ela deve ser segura o suficiente para não fazer as coisas que ela não quer só porque todo mundo acha que ela tem, se eu não der o exemplo. Ela sabe que de mim ela sempre vai ter verdade!”.

Ayla ainda falou sobre os presentes que as crianças dão aos pais nestes dias comemorativos. “Acho muito sexistas. Pai ganha kit escritório e mãe ganha sacola de supermercado. Para os pais só coisa legal, para as mães coisas de casa? O ano passado eu reclamei e avisei a diretora da escola que em casa quem faz supermercado é meu marido”, concluiu.