‘Me arrependo de ter comprado arma’, desabafa pai de vítima de tiro acidental

Ele contou com muita tristeza como havia perdido seu amado filho.

Dione da Silva Pereira, de 31 anos, jamais irá se esquecer do Dia das Crianças, comemorado todo o mês de outubro. Acontece que foi na data desse feriado que seu filho Jheison, de apenas 11 anos de idade, foi vítima de um acidente fatal com uma espingarda de pressão.

Jheison e seu primo de 12 anos estavam brincando, quando o garoto de 12 anos disparou a arma em direção a Jheison apenas para ‘assustá-lo’, porém, o chumbinho ricocheteou e tudo terminou mal.

A fatalidade aconteceu na zona rural de Guarantã no Norte, em Mato Grosso.

Dione revelou que a arma foi comprada de ‘segunda mão’ e que pagou por ela R$ 1.000,00. Ele também revelou que a espingarda era usada para assustar animais que tentassem invadir o local e que também usava a mesma para matar galinhas e frangos.

“O tiro faz bastante barulho, então era uma forma de proteger a chácara e assustar bichos, caso fosse necessário”, conta.

Dione também revelou que a espingarda ficava guardada em um quarto dentro de uma casa que não havia moradores. Ele ainda contou que no dia em que essa tragédia aconteceu, havia usado a arma para matar um frango e em seguida, a guardou no mesmo lugar em que ele sempre a deixava.

Os meninos brincavam próximo a essa casa. Foi então que a bateria do celular do seu filho acabou e em seguida o garotinho foi ao banheiro da casa vazia para colocar seu celular para recarregar a bateria. Nesse momento seu primo vai atrás dele também e encontra a arma, e pensa em assustá-lo.

“Quando eu vi meu filho caído, peguei ele no colo, desesperado. Não vi onde foi o tiro, no local não saiu sangue. Ele sangrava pelo nariz por causa da queda, ele bateu a cabeça”, conta o pai.

Tive vontade de morrer no lugar do meu filho”.

“Quando os médicos disseram que não havia mais o que fazer, meu mundo caiu. Só quem passa por essa dor sabe o quanto ela dói. Tive vontade de morrer no lugar do meu filho. Era meu único filho homem, meu companheiro.”

“A gente acaba sendo a próxima vítima. Se eu pudesse dar um conselho, diria para as pessoas não terem armas em casas com criança. Mais cedo ou mais tarde pode acontecer uma tragédia”.