O sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, emitiu comunicado na manhã dessa terça-feira, dia 8 de janeiro de 2019, informando os profissionais da medicina que atuam em áreas onde os ataques violentos estão acontecendo, a não comparecerem em seus locais de trabalho até que as autoridades lhes garantam “condições mínimas de segurança”.
Desde a semana passada uma onda de ataques e violência vem dessolando e deixando a população do Ceará em pânico. Cidades e bairros inteiros sendo atacados por criminosos, depredações, ônibus queimados, setores públicos atacados, até o momento foram registrados quase 150 ataques, entre eles a tentativa de derrubar um viaduto com explosivos.
O governador do estado do Ceará, Camilo Sobreira de Santana, do Partido dos Trabalhadores, tem buscado junto a outros governos de estado, ajuda contra esses ataques de facções criminosas, visto que o quadro de segurança pública do estado está em caos. Tudo aconteceu por retaliação dos prisioneiros e lideres da facção em protesto ao endurecimento nos presídios do estado.
Infelizmente as ondas de ataque chegaram aos serviços essenciais, como é no caso dos setores da saúde, foi notificado uma invasão na madrugada da segunda para terça-feira, onde os imóveis e todos os estofados e aparelhos de procedimentos de um posto de saúde no município de Chaval, a 400 km de Fortaleza, foram incendiados.
Por conta disso, os atendimentos em muitas clínicas e unidades de saúde estão suspensos, sem previsão de retorno. Ainda na terça-feira a noite, a frota de ônibus sofreu alteração, só sairão das garagens os ônibus que forem conduzidos em segurança garantida para o motorista e passageiros, de acordo com a disponibilidade de policiais.
Os horários do metrô também foram alterados por medida de segurança, portanto, as operações das linhas Sul e Oeste estão encerrando mais cedo, às 20h. A entrega de encomendas e afins dos Correios estão suspensas até que tudo volte ao normal ou até segunda ordem.
O Tribunal Regional do Trabalho do Ceará está atendendo Online pelo site da instituição, o atendimento presencial está temporariamente suspenso. De acordo com as informações do jornal “Diário do Nordeste”, pelo menos as unidades de Caucaia, Maracanaú e Pacajus aderiram à suspensão do TRT.