Menina de 3 anos com câncer está sem quimioterapia há dois meses esperando por cateter para continuar o tratamento

Ela chegou a usar um cateter e fazer quimioterapia, mas o material infeccionou e agora médicos fazem tratamento com morfina para aliviar a dor da doença.

Há cerca de dois meses a pequena Pérola de apenas 3 anos de idade, está esperando para recolocar um cateter necessário para que dê prosseguimento ao tratamento. Há aproximadamente um ano ela foi diagnosticada com câncer nos ossos e também um tumor localizado na região da barriga.

Desde então a garotinha Pérola vem lutando contra a doença. Ela já foi submetida a uma cirurgia para que fosse retirado um tumor, porém apenas alguns meses depois a doença voltou e dessa vez ainda mais resistente que antes.

A menina chegou a fazer o uso do cateter e iniciar a quimioterapia, mas acontece que o corpo de Pérola rejeitou o material usado que veio a infeccionar. Com isso o cateter precisou ser removido, e a garotinha não consegue fazer a quimioterapia.

De acordo com a família de Pérola, a pequena garotinha necessita de um novo cateter para dar prosseguimento ao tratamento.

“Ela está há quase dois meses esperando uma posição. Ela tinha um cateter, mas pegou infecção, teve que fazer retirada e agora não tem outro pra colocar no lugar e ela está sem quimioterapia”, disse a mãe da menina.

A menina tem sido acompanhada por profissionais do Hospital Federal dos Servidores Federais do Estado, mas o tratamento que está sendo oferecido para ela é somente paliativo, utilizando morfina para que a dor de Pérola seja amenizada.

As informações passadas pelos parentes da garotinha revelam que a doença grave está avançando rápido. A morfina utilizada não ataca o verdadeiro problema, simplesmente ameniza em parte os sintomas.

A espera nos leitos

Na madrugada desta última quarta-feira (24), pacientes que estão necessitando de atendimento no Hospital Pedro II, localizado na zona Oeste do Rio mais especificamente na região de Santa Cruz, informaram que a espera para se conseguir um leito estava demorando até 14 horas.

“Meu irmão chegou aqui eram umas 11h com minha mãe, meus pais e com meus tios para ter um atendimento. A gente ficou aguardando até que enfim conseguiram o atendimento. Levarem ele para o leito, agora. Às duas e pouca da manhã”, relatou Conceição Nascimento.

Essa demora muitas das vezes levam as pessoas a óbito, como exemplo o caso em que o pedreiro Claudemir dos Santos chegou até a unidade buscando atendimento para seu filho, Alexandre Pontes, de apenas 25 anos, que morreu na espera por um exame.

“Meu filho estava vomitando sangue deu entrada aqui no hospital era 19h30. Não sabem a causa da morte. Demorou a chamar pra fazer exame de sangue e o exame levava de três a quatro horas. A gente está entregue às traças. A gente depende só de Deus mesmo e mais nada”, lamentou indignado o pai.