Mulher é condenada por Tribunal de Justiça após obrigar filha de 5 anos a comer dejeto

A mulher acusada é a própria mãe da criança em questão.

Um fato triste e quase inacreditável aconteceu no Mato Grosso, mas dessa vez o caso parece que não ficará impune, já que o Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) condenou a mulher pelo crime de tortura, ao fazer a filha de 5 anos comer dejetos humanos. O crime foi registrado em Juara, a 690 km de Cuiabá.

A acusada é Andréia Cristina Celestino da Silva, ela foi condenada a 3 anos e 1 mês de prisão em regime aberto por causa do ocorrido. O site G1 tentou entrar em contato para ouvir a defesa da mulher que foi condenada, mas não conseguiu localizá-la.

De acordo com o processo, o Conselho Tutelar foi até a casa da mulher após denúncia anônima e fez o flagrante, onde a criança estava com o rosto todo cheio de dejetos humanos, com cheiro muito forte, com a roupa toda suja, com marcas de agressão no braço direito e na mão esquerda, além de várias marcas de agressão na perna direita e nas nádegas.

A mãe da criança, que antes já havia sido condenada em primeira instância e que confessou o crime, recorreu da decisão negando que tivesse praticado tortura contra a criança, já que “ao aplicar o castigo pessoal na vítima, não pretendeu torturá-la, mas sim corrigi-la”.

Mas a Justiça não entendeu o caso dessa maneira, o desembargador Marcos Machado, relator do processo, disse que atos como agredir, esfregar e submeter a criança sob sua guarda a comer as próprias fezes, não se apresenta compatibilidade com caráter disciplinar, além de ser desproporcional e desarrazoado a cunho corretivo.

Segundo o laudo psicológico, a criança sofreu sensação de rejeição, perda de valor, baixa autoestima, desejo de isolamento, sentimento de perda amorosa, extroversão, necessidade de contato afetivo, insegurança e sensibilidade, sendo diagnosticada com transtorno de depressão e aprendizagem, bem como estresse pós-traumático.

A criança terá que ser acompanhada por um psicólogo e terá que fazer tratamento para superar os traumas a que foi exposta, além é claro de conviver com essas lembranças, que apesar da pouca idade, podem acompanhá-la pelo resto de sua vida.