Pai foi preso por agredir bebê até a morte por não ter aceitado criança nascer menina

Augusto da Cruz de 23 anos foi autuado por homicídio e prisão confirmada pela Justiça

Após agredir a própria filha bebê, um homem foi preso em flagrante. O crime aconteceu em São Lourenço da Mata, na Grande Recife. Segundo foi relatado pelo Conselho Tutelar a mãe foi quem revelou que o pai Augusto da Cruz de 23 anos de idade, que havia matado a própria filha Debora Maria Sales da Silva, de cinco meses de idade. O motivo para que o homem cometesse o crime foi o fato de que ele não aceitava que a criança havia nascido do gênero feminino.

A respeito do caso, Ana Lúcia Soares que acompanha juntamente com o Conselho Tutelar, comentou que: “Agora não se pode nem nascer mulher. Por causa desse discurso de ódio, as pessoas acham que podem resolver tudo batendo, espancando e matando. É chocante”.

A confirmação do caso veio através da Polícia Civil nesta segunda-feira (20). Mas a execução ocorreu na última sexta-feira (17) no bairro Cajá que faz parte da periferia de São Lourenço da Mata. O homem foi levado pela polícia após o crime e será autuado por homicídio.

Após a prisão de Augusto da Cruz, ele foi levado para uma audiência de custódia. Neste momento a Justiça determinou que fosse feita a prisão preventiva do homem, de acordo informou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Depois da audiência o homem foi encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel) que é localizado em Abreu Lima na Região Metropolitana.

O corpo da criança segundo o Conselho Tutelar está no Instituto Médico Legal (IML), mas precisa que algum familiar vá até o local para que de fato ocorra a liberação. Isso ainda não ocorreu, pois a mãe da criança após o crime foi para a casa de parentes em um município no interior e não pôde ir até o local para fazer a liberação do corpo visto que o IML se localiza em Santo Amaro na região Central de Recife.

A Secretaria de Assistência Social de São Lourenço disse que irá se responsabilizar a respeito dos custos para o velório e enterro da criança. Mas para que isso ocorra é necessário que um familiar ou até mesmo uma decisão judicial ocorra para que o corpo seja liberado pelo IML.

Antes do assassinado da criança já havia sido registrado na polícia outro episódio de violência contra a mesma. O caso foi levado até a Delegacia de Polícia da Criança e Adolescente há três meses atrás.