Pastor Silas Malafaia e Eduardo Paes viram réus em ação de improbidade administrativa

A magistrada aponta que "há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo.

A notícia que tem gerado polêmica nas redes sociais e atinge tanto o cenário político quanto o mundo gospel, foi divulgada e confirmada nesta quinta-feira (24), onde atesta que o pastor Silas Malafaia e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, viraram réus em ação de improbidade administrativa.

Conforme investigação e denúncias, a juíza que está a frente do caso aceitou a acusação de que sem licitação a prefeitura aplicou um montante maior que R$ 1,6 milhão no evento religioso Marcha Para Jesus, no ano de 2012.

A juíza, Mirela Erbisti, assumiu a 3ª Vara de Fazenda Pública em novembro de 2016.

A juíza Mirela Erbisti, que recebeu a acusação feita pelo Ministério Público, e homologou a decisão. Sendo assim, se tornaram réus o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também o ex-chefe da Casa Civil, Guilherme Schleder, e o pastor Silas Malafaia, que é o presidente do Comerj – Conselho dos Ministros Evangélicos do Rio.

Silas Lima Malafaia, 60 anos de idade, é um pastor pentecostal brasileiro líder do ministério Vitória em Cristo, ligado à Assembleia de Deus.

A juíza bate o martelo e afirma que “há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo”. Paes, segundo ela, “deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público”, diz o mesmo sobre o ex-secretário da Casa Civil.

O pastor Silas responde a magistrada dizendo que “teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo”. E continua dizendo que “promovendo seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”. O pastor disse que tem certeza que se trata de perseguição religiosa.

É de grandeza e repercussão internacional a Marcha Para Jesus, que promove uma interação e comunhão entre fiéis de diversas denominações, sem distinção alguma, a festa é puxada por trio elétrico, regada a muito louvor, orações e ministrações curtas de palavras proféticas pelas pessoas, pela liderança política de todo o país e pelas ruas das cidades por onde vai passando.

O ex-prefeito Eduardo Paes declarou que não existe fundamentos para essa decisão e nenhuma corrupção está envolvida nesse evento. E afirmou que acredita que com as investigações tudo virá às claras e o erro será corrigido, disse também que os eventos de turismo religiosos sempre tiveram o seu apoio.