Polícia dá detalhes sobre o caso do jovem que seria vendido por sua mãe na BA

O adolescente está sendo acompanhado por conselheiros tutelares de Santa Maria da Vitória.

Recentemente o caso de uma mãe que pretendia vender o próprio filho acabou gerando uma repercussão nacional e o coordenador regional da Polícia Civil responsável por investigar tudo, deu detalhes de como as autoridades encontraram a criança.

Alexandre Haas informou para a equipe da TV Oeste via telefone, que o garoto se encontrava na rodoviária, chorando, sozinho e totalmente desesperado quando os policiais passaram pelo local e o encontraram.

O investigador explicou que uma equipe da Polícia Civil de Santa Maria da Vitória estava passando perto da rodoviária quando os agentes notaram uma criança chorando em um canto totalmente isolada. Quando os policiais perguntaram para o garoto o que havia acontecido, ele explicou que teria sido deixado ali por sua mãe e logo foi encaminhado para a delegacia.

Haas contou para a TV Oeste que o menino informou o número de telefone da mãe e quando ligaram, a mulher teria retornado a ligação dando detalhes de sua localização. Ela contou que estava na cidade de Bom Jesus da Lapa, que também fica no oeste da Bahia.

Depois que as autoridades encontraram a mãe identificada como Maria Roque Rocha, moradora de Botuporã, sudoeste da Bahia, ela confessou tudo e abriu o jogo para os policiais. Afirmou que iria vender o filho para um ‘atravessador’ pelo valor de 5 mil reais.

Segundo Alexandre, o homem que iria buscar a criança na rodoviária de Santa Maria da Vitória já teria sido identificado por sua equipe. Também revelou que o mesmo iria encaminhar o garoto para uma segunda família que atualmente mora em outro país, no Japão.

O coordenador deu mais alguns detalhes sobre o preço da venda e explicou que o ‘atravessador’ teria prometido para Maria Roque Rocha que quando a criança chegasse ao Japão, iria depositar mais 65 mil reais na conta dela.

Agora o garoto está sob o acompanhamento dos conselheiros tutelares da cidade e a polícia continua suas buscas para tentar encontrar o homem responsável pela compra. Haas aproveitou a oportunidade para deixar claro que a pena para a mãe pode variar entre 4 a 8 anos de cadeia por traficar pessoas.