Preso o médico acusado de “violar” mais de 37 mulheres em SP

O médico cardiologista Augusto César Barretto Filho, de 74 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira (18).

Há mais de 45 anos atendendo como cardiologista na região paulista, sendo considerado um médico fora de suspeita, foi preso na tarde da última sexta-feira, dia 18 de janeiro, sob acusação de assédio contra mais de 37 de suas pacientes, entre 18 e 50 anos de idade. As vítimas relatam que foram violadas enquanto eram examinadas no consultório dele, que fica em Presidente Prudente, em São Paulo.

Augusto Cesar Barreto Filho, aos 74 anos de idade, é casado e desse casamento, nasceram quatro filhos, dois deles se formaram em medicina. O cardiologista já está na profissão há 45 anos, a notícia das acusações pegou os familiares e amigos de surpresa, deixando todos em choque, contra ele já somam mais de 37 denúncias, o doutor Augusto foi encaminhado para a penitenciária de Lucélia.

Uma das vítimas postou em sua rede social convocando as demais mulheres que também foram violadas pelo cardiologista a se pronunciarem e denunciarem para que a justiça seja feita, e desabafa ao saber que a colheita do médico já começou com a sua prisão.

“Aconteceu o fato dia 18 e, dia 19, fui até a delegacia com medo, com vergonha, com vários preconceitos dentro da minha cabeça. Mas eu dei o primeiro passo e, através disso, olha o que deu hoje. Ele vai ser preso, ele vai ser condenado, por tudo que fez a mim e todas as outras mulheres. Então, se tiverem mais, vamos na delegacia, vamos denunciar, vamos fazer sermos ouvidas, respeitadas, independentemente. Porque sou dona de casa e fui ouvida, alguém acreditou em mim”, relata uma das vítimas.

Outra paciente afirmou em depoimento que saiu do consultório em estado de choque depois da maneira como foi atendida, segundo ela, enquanto estava sentada, o médico aferia sua pressão arterial e pegou a sua outra mão e levou até o membro íntimo dele.

Ele acariciava as partes íntimas das vítimas durante o atendimento médico dentro de seu consultório para a sua satisfação. Essas carícias não tinham nenhuma relação com o atendimento médico. Ele abusava da confiança das vítimas. Ele tocava as partes das vítimas, entre outras coisas”, discorreu o promotor de Justiça em entrevista.

Em depoimento, o médico negou as acusações e afirmou que se manifestará apenas em juízo.