Quando o bebê veio ao mundo, seus pais se assustaram com sua aparência e o rejeitaram de imediato, o recém-nascido tinha a fisionomia diferenciada por conta de uma síndrome conhecida pela medicina como a síndrome do Treacher Collins, que deixa a criança com a ausência de alguns músculos da face. Por isso, em menos de dois dias o bebê sem nome e sem registro de nascimento já estava abandonado por seus pais.
Um anjo em forma de gente apareceu na vida desse bebê logo após ser entregue para adoção, a escritora e historiadora Jane Lancaster, de Yorkshire, da Inglaterra. Ela o amou sem se importar com sua aparência, de tudo ela fez para que ele tivesse uma infância feliz e com muito amor, a adolescência que é uma das fases mais difíceis, ela o ajudou a superar qualquer conflito interno com muita dedicação e carinho, não por conta de sua aparência, mas pelo trauma sofrido ao ser rejeitado ao nascer.
Na adolescência passou por momentos críticos por conta dos olhares preconceituosos de muitos de sua faixa etária, mas o amor que lhe era dedicado no seio da família, foi mais forte que tudo isso, ele se sentia amado e isso era o que realmente importava e preenchia qualquer lacuna ou qualquer bombardeio externo de sentimentos frios e preconceituosos.
Essa mãe do coração, que o amou além da aparência, fez questão de que ele se sentisse alguém especial, seu filho nunca teve baixa autoestima, e sabia lidar com o olhar preconceituoso de algumas pessoas. Hoje Jono é um homem feito, se casou com Laura Richardson.
Hoje o jovem britânico ajuda adultos e pais de autistas, viaja mundo afora para dar palestras de autoajuda e resiliência, ajudando milhões de pessoas que nascem com condições especiais parecidas ou como a dele. Depois de tudo isso, ele tentou realizar o sonho de conhecer seus pais biológicos, mas eles o rejeitaram mais uma vez, falaram que não queriam conhecê-lo, que ele faz parte do passado. Os familiares que o adotaram e seus amigos disseram que são esses pais que não merecem Jono.
