Segurança do Carrefour presta depoimento, confirma agressão ao cachorro e diz estar arrependido

Na Delegacia do Meio Ambiente de Osasco, acusado de maus-tratos disse só ter percebido que feriu o animal após ver o sangue no chão

O segurança acusado de agredir e causar a morte do cachorro, em uma loja do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, afirmou à polícia em seu depoimento que golpeou o animal com uma barra metálica, mas ele contou que está arrependido. Cléber prestou depoimento nessa última quinta-feira, na Delegacia do Meio Ambiente, ele contou que não percebeu que havia ferido o animal e só viu quando olhou para o chão e viu as marcas de sangue. O segurança disse que tentou ajudar o cachorro ligando para o Centro de Zoonoses do seu celular pessoal.

Cléber também disse que está muito assustado com a repercussão do caso e que não pretendia causar a morte do cachorro. Por causa dos maus tratos o homem foi indiciado pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, por praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. A pena prevista é de três meses a um ano de prisão, além de multa, que pode ser aumentada em até um terço por causa do agravante da morte do animal.

Como o crime é considerado de baixo potencial ofensivo o segurança vai responder em liberdade, tendo sido liberado logo após o depoimento, mas foi hostilizado na saída da delegacia.

“Policiais analisam imagens de câmeras de segurança do local e colhem oitivas de testemunhas, como a veterinária do Centro de Zoonoses de Osasco, que atendeu o animal, e o segurança do estabelecimento, porém mais detalhes não podem ser passados para não atrapalhar as investigações.”

O deputado estadual Fernando Capez, defensor da causa animal, acompanhado da ativista Luisa Mell esteve no Centro de Zoonoses de Osasco, onde ouviu dos funcionários que a cachorra Manchinha teria vomitado sangue durante a viagem de carro entre o Carrefour e a repartição municipal.

“Essa hemorragia é compatível com trauma, mas também poderia ter sido causada por envenenamento, mas, infelizmente, não há laudo.”

O deputado também acha que a forma como o animal foi levado equipe da Zoonoses pode ter ajudado a agravar o quadro do animal.

“Eles usaram enforcador (cabo com corda na ponta) e deram trancos, o que pode ter acelerado a morte dele”.

O deputado se revoltou com a pena para o autor dessas agressões que segundo ele é branda demais e que ninguém será preso por esse crime, mas a prefeitura nega que ouve excesso dos funcionários da Zoonose.