Sinal de GPS aumenta esperança de localizar estagiária da Vale que está desaparecida em Brumadinho

Foi possível localizar um sinal de GPS do celular de Nathália, que está desaparecida após o desastre em Brumadinho.

A jovem Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, ficou entre as pessoas que se encontram desaparecidas na fatalidade de Brumadinho, e na tarde de ontem, a família descobriu a localidade dela, onde o celular da moça estava.

A família de Nathália ficou cheia de esperança, visto que a jovem está desaparecida desde o dia do desastre que aconteceu em Brumadinho. Na tarde desta segunda-feira (28), foi possível localizar a última localização do celular da moça, que ficou desaparecida logo depois do rompimento da barragem.

O sinal do GPS foi apontado para próximo da Cachoeira das Ostras, que fica no distrito de Casa Branca, zona mais distante do epicentro da fatalidade. Equipes do corpo de bombeiros foram conduzidas até o local, na esperança de acharem Nathália. O vigilante Jorge Santana de Araújo, que é esposo de Nathália, também esteve presente na localidade, seguido de seu sobrinho, Eduardo Santana.

Familiares da jovem da Vale entraram em contato com a equipe do corpo de Bombeiros para autorizar a emissão de um time de socorristas para a localidade. Na cidade, ouve-se um boato aonde chegaram a falar que a moça havia sido encontrada com vida, no entanto, tais relatos foram desmentidos na noite de ontem.

Aproximadamente por volta das 19h, o vigilante Jorge Santana de Araújo, esposo de Nathália, chegou junto do seu sobrinho até ao local. “Chegaram a falar que encontraram ela a 20km do refeitório. Não é verdade. Temos que trabalhar com a realidade. Conseguimos uma localização, algo que é importante nessa situação em que estamos. Vamos agir em cima disso. Temos esperança”, anunciou Eduardo ao BHAZ.

Nathália vive em Brumadinho, onde tudo aconteceu, e no momento da tragédia ela estava trabalhando como estagiária no setor administrativo da Vale. Ela conseguiu conversar com seu esposo pelo telefone no decorrer do rompimento da barragem. “Ela disse que estava tendo um terremoto, pediu misericórdia a Deus e, logo depois, a ligação caiu. O Jorge, marido dela, foi um dos primeiros a chegar na região atingida pelo rompimento”, declarou Eduardo.

Os sinais transmitidos através dos aparelhos celulares são um dos palpites das autoridades no esforço de tentar encontrar as vítimas do rompimento. Até na noite de segunda-feira, 292 pessoas ainda seguiam desaparecidas.