Para realizar as buscas pelas vítimas em Brumadinho, os militares do Corpo de Bombeiros precisam rastejar em meio a lama dos rejeitos de minério. Para que eles não fiquem atolados em meio a lama, é necessário que eles se deitem para que dessa forma consigam aumentar a área de atrito.
As imagens mostram os militares recebendo apoio de um helicóptero. É possível ver nas imagens que os militares ficam cobertos de lama até a cintura quando ficam em pé. Outra filmagem exibe um corpo sendo levado em um dos helicópteros de resgates.
Por causa do risco de rompimento da barragem IV, as buscas foram suspensas na tarde do último domingo (27). Porém, após as 20h a Defesa Civil e os bombeiros confirmaram que o trabalho de buscas iria continuar, já que um segundo ônibus que havia sido soterrado foi localizado próximo a uma área administrativa da mineradora.
Segundo informações o tenente coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, o número de mortos pode aumentar, já que existem corpos dentro do segundo ônibus que foi encontrado. Entretanto, não existe confirmação de quantos corpos há dentro do ônibus.
No total as autoridades confirmaram que devido ao desastre 58 pessoas perderam a vida. Ainda de acordo com o balanço que foi divulgado na noite de ontem (27), 305 pessoas ainda estavam desaparecidos. Entre os desaparecidos estão moradores e funcionários da mineradora Vale.
Cidadão diz que Vale nunca ofereceu treinamento aos moradores
Um cidadão que residia na parte baixa de Brumadinho, afirmou durante uma entrevista ao vivo à GloboNews que nunca recebeu qualquer tipo de treinamento para saber o que fazer caso a sirene da mineradora tocasse.
O rapaz ainda disse que quando escutou o som da sirene ele não sabia o que fazer e que os vizinhos começaram a ligar uns para os outros para tentar entender o que estava acontecendo.
O cidadão afirmou que só foram para a parte alta da cidade depois que a Polícia Militar confirmou que os moradores deveriam mesmo deixar suas casas.
“Larguei a casa, peguei só uns suprimentos e documentos e fui embora. Não teve nenhum treinamento para saber se podíamos pegar mais coisas”, afirmou.