‘Vamos mostrar quem manda no Ceará’; diz Governador

Já são 9 dias de ataques terroristas por várias cidades do estado do Ceará.

O estado do Ceará tem vivido momentos de pânico e terror que assolam a população e destroem patrimônios públicos e privados pelo nono dia consecutivo. O jornal ‘O Estado de São Paulo’ entrevistou o governador do Ceará nessa quinta-feira, dia 10 de janeiro de 2019, no seu gabinete de governo.

Camilo Santana do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que as palavras de ordem são “disciplina” e “rigor”, com fisionomia cansada, uma pilha de documentos pela mesa, ele dá socos na bancada ao pronunciar as palavras de ordem.

O jornalista inicia a entrevista perguntando se ele recebe ameaças e fake news pelo WhatsApp, Camilo responde que embora não tenha tido muito tempo para olhar o aplicativo, não tem recebido ameaças ou notícias falsas, ele descarta ao ser questionado sobre possibilidade de envolvimento de milicias, mas diz que muitas informações são mantidas sob sigilo da polícia.

Com roupas claras e voz mansa, ele responde a tudo em baixo tom, só se altera ao dizer em determinado momento. “Vamos mostrar que quem manda aqui é o Estado”. O governado afirma que já foram registradas 180 ocorrências e 277 pessoas foram detidas e estão presas, e 21 foram transferidas para presídios federais.

“Vamos endurecer dentro do sistema, fazendo a Lei de Execução Penal ser cumprida rigorosamente e vamos endurecer aqui fora também no combate ao crime organizado”. Afirma.

Perguntado sobre previsão para o fim desse caos, ele responde: “É imprevisível. Vamos continuar cumprindo, eu repito, a questão dentro dos presídios. Ninguém sabe. O trabalho de inteligência tem feito todos os dias. A gente criou um gabinete de situação. A cada 12 horas a gente avalia como está a situação. As ações iniciaram muito fortes aqui na capital quando a gente colocou uma presença muito forte da polícia. Migraram para o interior. Depois, a gente colocou um reforço no interior, começaram a diminuir”. 

O governador salienta que todo esse tormento vivido nos últimos 9 dias é por conta do endurecimento nas leis prisionais, mas afirma que não vai baixar a guarda. “Tratamos criminosos como criminosos. Preso aqui no Ceará, a minha determinação é tratar como criminoso, independentemente se faz parte de qualquer grupo. Criminoso é criminoso”. Conclui.