Moradores de uma localidade da zona rural de Cruzeiro do Sul, no Acre, ficaram apavorados com um estranho fenômeno nas águas do rio Croa. Eles ficaram assustados com a possibilidade do movimento incomum das águas ter sido provocado por algum animal gigante, provavelmente uma sucuri gigante.
O intrigante episódio aconteceu no domingo passado (10). Um morador da comunidade gravou o momento em que as águas do manancial se movimentaram e criaram uma forte onda. A família da dona de casa Helena Siqueira acabava de passar com os filhos em uma pequena embarcação pelo local, que fica em frente a sua casa, quando se surpreendeu com um barulho alto e a movimentação estranha no rio.
“Só deu tempo da gente chegar e o meu filho quando foi subindo do barco aqui na escada caiu. Quando ele caiu, vimos aquela espuma, aquele negócio. Começou no meio do remanso. A gente tinha a sensação que aquele bicho pisava bem forte e começou a subir aquela coisa mais feia da vida. Ai veio e quando chegou perto da canoa, virou perto da beira da pasta. Foi muito feio e a sensação que deu era que ia acabar com o remanso”, conta a senhora Helena à imprensa local.
Dona Helena comentou que não deu para ver nenhum animal em meio a movimentação das águas. “Ninguém viu nenhum bicho, mas era como se fosse um animal bem pesado que vinha pisando no chão do rio. E olha que o remanso é bem fundo”, disse a mulher que afirma já ter presenciado o mesmo fenômeno há quatro anos.
Após sua divulgação, o vídeo repercutiu fortemente nas redes sociais, já que o Croa é um dos principais pontos de Cruzeiro do Sul. Alguns acreditam que podem ter sido cardumes de pirarucus em momento de desova, outros falam em jacarés gigantes e muitos analisam que a movimentação pode ter sido provocada por uma enorme serpente.
Todavia, outra suposição levantada pelos moradores é que tenha sido o efeito de liberação de gases no fundo do rio. “A gente acha que pode ter sido petróleo ou uma coisa assim. Mas, só que quando veio na beira levou um bolo de capim que tinha”, conta Dona Helena.
A mesma opinião compartilha o condutor de barco Odair José Lima da Costa. Ele trabalha no transporte de turistas que visitam o local, também acredita que não tenha sido provocado por um animal. “Eu moro há 38 anos aqui e nunca vi nenhuma fera. Nunca nenhum animal atacou uma pessoa, nem boi e nem nada. Acho que pode ter sido gás mesmo porque ficou fervendo como uma panela de pressão”, disse Costa.
O lado da Ciência foi ouvido para opinar sobre o fenômeno. O professor de Biologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Paulo Bernardes, também descarta a possibilidade do fenômeno ter sido provocado por um animal. “Não são animais. Não é jacaré, não é sucuri. Provavelmente, são gases que vêm do fundo do rio, o que é uma coisa normal”, analisa Bernardes.
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